terça-feira, 31 de agosto de 2010

Hevia-Busindre Reel

Stregheria e Magia Vernacular(1) na Itália: uma comparação

Stregheria e Magia Vernacular(1) na Itália: uma comparação
 
De Sabina Magliocco
Tradução: Pietra di Chiaro Luna
http://jornale.com.br/wicca/wp-content/uploads/2009/05/imagec3g.JPG
A distinção entre a Stregheria contemporânea e a magia tradicional italiana, práticas de cura e espirituais vem se tornando assunto de debates em um bom número de listas e websites. Neste pequeno ensaio, tentarei resumir algumas das minhas publicações acadêmicas sobre o assunto para uma platéia não escolástica, e também encorajar pesquisas, questionamentos e discussões mais profundas a esse respeito. Preciso ressaltar de início que minha linha é mais acadêmica: como antropóloga e folclorista, considero ambas Stregheria e a magia vernacular italiana como importantes facetas da cultura com seus direitos preservados. Minha intenção não é rejeitar a autenticidade de nenhuma delas, mas ajudar os leitores a entender ambas no contexto nos quais elas se desenvolveram, e como a primeira cresceu para que a segunda esteja no contexto da imigração ítalo-americana.
Stregheria é uma forma de bruxaria neo-pagã ítalo-americana. Ela deve suas origens à Aradia, ou o Evangelho das Bruxas (1889), uma coleção de feitiços, rimas e lendas que um folclorista amador chamado Charles G. Leland que dizia ter vindo de uma vidente florentina chamada Maddalena. De acordo com Leland, Maddalena pertencia a uma família de bruxas que praticavam uma forma de religião pagã centrada no culto da deusa lua Diana. Leland interpretou esses materiais que coletou de acordo com as teorias de folclore popular do fim do século XIX: como sobreviventes de antigas religiões pagãs, especialmente das romanas e etruscas, civilizações que dominaram a Itália central. Ele chamou a bruxaria de la vecchia religione (a velha religião). Já do início, o trabalho de Leland foi controverso. Alguns dos materiais que fazem parte desse trabalho - a conjuração com os limões e alfinetes, por exemplo - têm análogos no folclore italiano. Outras histórias parecem ser versões de rimas infantis italianas, reescritas para servirem aos intentos de Leland. E a personagem de Aradia parece ser baseada numa figura do folclore italiano medieval: a bíblica Herodias (Erodiade em italiano), era creditada por voar pelo ar à noite com uma procissão fantasmagórica. Mas esses pedaços de folclore não aparecem em outros locais no folclore italiano como parte de um texto. Se o Evangelho das Bruxas era um texto autêntico de uma tradição popular, uma outra versão teria sido coletada em algum ponto por algum historiador ou folclorista. Porém nenhum texto semelhante foi encontrado pelos etnologistas italianos. Por essa razão, o "Aradia" de Leland sempre foi entendido como uma farsa. Mais recentemente, o historiador Robert Mathiesen propôs uma nova explicação: que Aradia seja interpretada como um texto dialógico e intersubjetivo - um produto de uma interação próxima entre Leland e Maddalena, durante a qual Maddalena selecionou e reinterpretou pedaços do folclore que poderiam interessar ao seu abastado patrão. O resultado foi um documento que incorpora muitos elementos de folclore, mas amarrado de forma não usual, dando a eles uma interpretação única e atípica.
A despeito das controvérsias a seu respeito, o texto de Leland se tornou bem influente: ele igualitava magia popular a uma tradição antiga envolvendo a veneração de uma deusa e localizou tudo isso na Itália. Leland influenciou claramente Gerald Gardner, a quem são dados os créditos do desenvolvimento da Wicca em sua forma presente, e através de Gardner, toda uma geração de bruxas. Entre os primeiros a se assumir como praticantes de bruxaria italiana está Leo Louis Martello (1933-2001). Martello dizia ter sido iniciado por um membro de sua família ainda menino. Ele descreve uma tradição hereditária baseada no mito siciliano da deusa Proserpina (Perséfone). Juntamente com a sacerdotisa Lori Bruno, também uma praticante hereditária, ele fundou a Trinacian Rose of New York City, um dos primeiros covens ítalo-americanos da América do Norte.
Mas o real herdeiro de Leland é Raven Grimassi, o arquiteto da Stregheria. Como Martello e Bruno, Grimassi diz ter sido iniciado numa família de tradicional prática de magia a qual ele descreve como hereditária, doméstica e secreta. A mãe de Grimassi vem de uma região da Campânia, perto de Nápoles. Ela pertence a uma família na qual os membros praticavam certas tradições mágicas, incluindo a remoção do mal-olhado, o feitio de licores e poções mágicas e divinação. Como as outras tradições descritas por Martello, Bruno e um número de etnologistas italianos, ela consistia num conjunto de ensinamentos secretos, limitada a membros da família, passada apenas para aqueles que tinham algum tipo de interesse ou habilidade mágica inatos. Mas não é sobre essa tradição que Grimassi escreve em seus livros Ways of the Strega (1995), Hereditary Witchcraft (2)(1999) e Italian Witchcraft (2000). Ao invés disso, ele apresenta uma elaboração do que Leland descreveu: uma religião parecida com a Wicca em estrutura e prática, com um sabor italiano adicionado com nomes de deidades, espíritos e sabás. De acordo com Grimassi, as bruxas italianas se dividem em três clãs: a Fanarra, no norte da Itália e a Janarra e Tanarra na Itália central. Nenhuma menção é feita ao sul da Itália, a despeito do fato de que a maioria dos imigrantes italianos da América do Norte, incluindo a mãe de Grimassi, tenham como origem aquele local. Cada tradição é dirigida por um líder conhecido como Grimas. Como o nome dos clãs de streghe, a palavra grimas não aparece na língua italiana ou qualquer um de seus dialetos. As streghe ítalo-americanas fazem suas práticas em círculos chamados boschetti (groves, bosques) liderados por uma sacerdotisa e um sacerdote. Eles se encontram nas luas cheia e nova e observam a comemoração de oito sabás. Eles veneram uma deusa lunar e um deus de chifres, baseados nas deidades etruscas Uni e Tagni, também conhecidos como Tana e Tanus, Jana e Janus, Fana e Fanus. Espíritos ancestrais conhecidos como Lasa olham pela família e outros espíritos como Fauni, Silvani, Folletti e Linchetti têm papéis importantes na Stregheria. Os guardiões das quatro direções são chamados Grigori. Enquanto os livros de Grimassi foram muito influentes nos EUA, covens individuais que não descendem dessa forma de prática podem não seguir ou não praticar de acordo com os ensinamentos de Grimassi. Como em toda a Arte neo-pagã, existe uma grande variação e adaptação entre grupos e indivíduos. A linha comum que costura todos os covens da Stregheria parece ser os esforços para dar a sua prática um gosto italiano, tanto pelo tipo de deidades veneradas, para as comidas servidas em rituais, ou a adaptação de práticas italianas e ítalo-americanas num contexto pagão.
O gênio de Grimassi é mais criativo do que acadêmico. Ele nunca disse estar reproduzindo exatamente o que é praticado na Itália, admitindo que as streghe "adaptaram alguns costumes wiccanos em seus caminhos" (1995:xvii). Ele abertamente coloca que está expandindo de sua própria tradição familiar, adicionando elementos para restaurar o que ele imagina ser seu estado original. Mas de suas tentativas para restaurar uma tradição, uma nova tradição emergiu: uma que tem pouca semelhança com qualquer coisa que foi praticado na Itália ou em comunidades de etnia ítalo-americana.
Enquanto baseada em magia popular italiana, fatos históricos e coleções folclóricas, a Stregheria é, como muitas formas de restauração da Bruxaria, uma tradição moderna. O folclorista Robert Klymasz, escrevendo sobre o que acontece com o folclore como resultado da imigração para uma nova cultura, identificou três camadas para de folclore que são presentes em qualquer comunidade étnica. Essas incluem a tradicional, com claras ligações com as formas do mundo antigo; a transitória, na qual alguns elementos do mundo antigo se cristalizam, enquanto outras se adaptam para o novo contexto; e a inovadora, na qual novo folclore é desenvolvido para satisfazer as formas que foram perdidas com o tempo (Klymasz, 1973). A Stregheria pertence a essa última categoria. Ela tem alguns pontos em comum com a magia tradicional italiana, a qual vamos delinear em seguida; mas tem mais diferenças que similaridades. Seu verdadeiro valor está em sua habilidade de trazer aos ítalo-americanos contemporâneos um novo contexto no qual podem interpretar a magia popular e suas práticas que ficaram em suas famílias por gerações, dando a essas tradições, nova vida. Nesse processo, ela tem um papel vital em ajudar a criar e manter uma identidade para seus praticantes.
A Magia Vernacular Italiana, em contraste, não é nem uma religião nem um sistema formalizado de práticas. É tanto uma forma de ver o mundo quanto um conjunto de costumes amarrados aos ciclos agro-pastorais que é firmemente preso às vidas de seus praticantes, quase nunca em um nível consciente. Para a maioria de seus praticantes, é apenas uma forma comum de fazer as coisas e se comportar. Enquanto a magia vernacular pode ter raízes históricas em práticas pré-cristãs, ela não é preponderantemente pagã em tradição, mas sim enraizada numa matriz cultural católica romana. Em meu mais recente trabalho, chamei isso de "visão de mundo encantado", brincando com a idéia de Max Weber de desencanto do mundo.
A visão de mundo encantado na Itália é enraizada numa economia e sistema social pré-mercado. Por conta das atividades de subsistência associadas com a terra, o tempo era organizado de acordo com ciclos sazonais; esses são refletidos no ano ritual, que é determinado pelas formas litúrgicas católicas. Esses geralmente são interpretados regionalmente de forma a se ligarem aos ciclos econômicos: por exemplo, em Campânia, onde as colheitas de trigo e cânhamo foram substituídas por tabaco, que tem um ciclo parecido de crescimento, o ano ritual começava com o plantio próximo ao dia de São Martinho, no meio de novembro, e estendido até o fim da colheita, na época de Cosme e Damião em outubro. Em áreas pastorais como a Sardinia e os Apeninos, maio e setembro, os meses que envolvem um cuidado maior com os animais de fazenda, são enfatizados em práticas rituais. A forma exata do ritual do ano difere claramente de um ano para o outro. Os símbolos - as Madonas e os santos - são os mesmos, mas cada cidade varia a forma de colocá-los em seu sistema econômico. A visão de mundo encantado não está apenas enraizada no ciclo do ano rural; também é presente na vida pessoal dos moradores e seus ciclos. Começa com o nascimento e penetra cada fase da vida e cada rito de passagem, do momento do nascimento, quando a maioria das crianças italianas que não nascem envoltas na placenta (la camicia) ganha uma camisa de um parente, geralmente um padrinho, para protegê-las de influências maléficas, até os funerais, nos quais uma quantidade de crenças sobre o mundo após a morte é manifestada por pensamentos e atos.
O coração da religião e da magia vernacular italiana faz uma correlação entre os sistemas simbólicos e os sociais e econômicos de uma comunidade. A ligação primária nunca é com as estruturas predominantes como a igreja e o estado. As estruturas hegemônicas podem ou não coincidir com os nativos, mas quando não há um acordo, os primeiros são simplesmente ignorados. Se um elemento em particular não faz sentido em termos de entendimento local de espaço, tempo ou da natureza do mundo, as pessoas o tratarão como se não existisse, como se não houvesse qualquer conseqüência. Como resultado, o cenário da visão de mundo encantado na Itália é totalmente local.
A despeito de seu caráter local, a visão de mundo encantado existe por toda a Itália, em ambas regiões norte e sul, com mais semelhanças que se pode pensar, dadas as diferenças em língua, cultura e economia que caracterizam as vinte regiões da Itália. Alguns conceitos são comuns: por exemplo, o mal olhado e seus diagnósticos e curas são encontroados em todas as regiões e são muito parecidos. Assim, a visão do mundo encantado desafia uma sistematização. Crenças e práticas não são padronizadas em nenhum local, tampouco organizadas dentro de um conjunto de princípios articulados; eles são parte do cotidiano das pessoas, parte da prática delas. O etnologista alemão Thomas Hauschild, que passou quase vinte anos estudando a magia em Basilicata, uma região no sul da Itália, escreveu: "não existe um sistema, somente prática" (Hauschild, 2003:19). A prática é o sistema. As práticas e crenças existem dentro de uma cosmologia, mas seus detalhes raramente preocupam seus técnicos. Assim, uma estrutura como a descrita por Grimassi, com ramificações de práticas organizadas dentro da Itália, cada uma com seus próprios lideres e um corpo sistemático de conhecimento é estranho à visão do mundo encantado da Itália.
A principal característica da visão de mundo encantado é a crença na onipresença de seres espirituais que podem influenciar na vida humana. Esses seres incluem os mortos, santos, a Virgem Maria e Jesus (que são, afinal de contas, nada mais que os mais poderosos dentre os mortos). Espíritos como os folletti, linchetti e monachelli também aparecem, ecoando em alguns seres dados pela fauna mitológica de Grimassi, mas eles são geralmente causadores de problemas e não preocupados em ajudar os seres humanos: eles trançam as crinas de cavalos, espantam os burros e fazem viajantes ficarem confusos. Os espíritos são relacionados a certos tipos de doenças, embora a relação entre os espíritos e a doença muda de crença para crença, de lugar para lugar. Por exemplo, em Basilicata, dizem que os mortos que não descansam causam doenças como a erisipela e "fogo de Santo Antônio" (herpes zoster); em Campânia, acredita-se que as crianças que não tem um desenvolvimento normal são levadas por bruxas em seus vôos noturnos e assim, exaustas em danças e pelo vôo; na Emilia Romagna, Puglia e Sardinia, aranhas e outros insetos são responsáveis por um número de doenças como o tarantismo ou o argismo. Alguns estudiosos sugerem que alguns desses insetos encarnavam espíritos ancestrais e assim, eles tomavam o corpo de suas vítimas pelas mordidas ou ferroadas (De Martino, 2005 [1961]). Até espíritos como os santos e a Madona, que pertencem ao panteão católico, são encontrados em toda a parte: a Madona é geralmente adorada em uma ou mais manifestações locais e os devotos tem suas práticas favoritas baseadas nos atributos de cada Madona e as qualidades as quais ela "representa", ou regras que precisam dentro de seus interesses pessoais.
Em todos os locais na Itália existem pessoas que se especializam no contato com o mundo espiritual. Esses são os equivalentes italianos dos povos encantados (3) europeus ou britânicos e muito de seu trabalho é baseado em no diagnóstico e cura de doenças espirituais. Seus nomes variam de acordo com a região; podem ser conhecidos como guaritori (curandeiros), donne che aiutano (mulheres que ajudam), práticos (sábios), fattuchiere (os que consertam), maghi (feiticeiros) e outros muitos termos que variam em termos de dialetos; mas raramente essas pessoas se denominam streghe (bruxas). Esse termo é extremamente negativo no folclore italiano, e na maioria das vezes se refere a uma pessoa que faz mal a outras. O folclore italiano é rico em lendas de bruxas que viajam pelo ar para seus lendários encontros ao redor da castanheira de Benevento, de bruxas que encolhem para que possam passar por buracos de fechaduras, de bruxas que sugam a respiração ou sangue de suas vitimas e que causam todo o tipo de maus e desgraças para seus vizinhos. Claramente, essas atividades se referem às bruxas folclóricas; elas nunca foram praticadas por seres humanos reais. Ocasionalmente, porém, alguns curandeiros eram acusados de serem streghe por aqueles que acreditavam ser vitimas de magia negra, ou por clientes que não tiveram suas necessidades atendidas.
Existem duas linhas principais na cultura vernacular de cura italiana: cura através de ervas e a cura espiritual. Em alguns casos, ambos podem ser praticados pela mesma pessoa. Das duas, a cura através de ervas é considerada uma habilidade menos espiritual e mais de conhecimento prático. A cura espiritual, ao contrário, é mais ligada com poder pessoal. Esta pode ser chamada de la forza (a força), la virtú (a virtude) ou il segno (o sinal) e acredita-se que seja inato. Mas o poder sozinho é inútil sem rezas, formulas mágicas e técnicas que fazem parte do ofício do povo encantado. Poder e magia eram passados através de uma iniciação, mais comumente feita a meia noite da missa de véspera de Natal, durante a elevação da hóstia - o momento mágico do ano católico no qual é feita a transformação do mundo pelo o nascimento do Salvador, e a hóstia se transforma no corpo de Cristo - e assim, por associação uma transformação acontece. O conhecimento toma a forma de orações que chamam pelos santos e pela Madona, e em alguns casos, seguindo uma técnica que varia de cura para cura. Essas fórmulas e técnicas são secretas; não podem ser passadas para outra pessoa sem que o curandeiro perca seus poderes, e não podem ser passadas sem que seja em momento e local ritual. Geralmente estas são as únicas iniciações e treinamentos necessários para que se passe a diante os encantamentos mais simples. O conhecimento de cura são tipicamente passados dentro da família; em alguns casos, membros das famílias - tipicamente um grupo de irmãos ou primos - devem trabalhar juntos para que as curas se manifestem.
Como os estudiosos documentaram em outras partes da Europa, espíritos aparecem proeminentemente como ajudantes do povo encantado italiano. Enquanto muitos italianos comuns vivem em suas comunidades admitem acreditar em espíritos, e ocasionalmente entram em contato com eles, o povo encantado parece ter uma habilidade mais forte para relacionar-se de perto com eles - muito além daquela das pessoas comuns. Em muitas áreas, a cura é essencialmente conceituada com a batalha contra espíritos malignos - seja de mortos que não descansam, bruxas ou outros. Os curandeiros precisam de ajudantes nessas batalhas, e muitos curandeiros dizem que os tem como espíritos que os guiam em suas práticas. A natureza desses espíritos, mais uma vez, é local e idiossincrática: podem ser santos, ancestrais pessoais ou mortos que os ajudam. Eles podem aparecer para o curandeiro em sonhos e visões: estados de transe ou êxtase são fundamentais para conseguir comunicação com esses espíritos; esses estados são portas para o mundo espiritual para os curandeiros ou qualquer um que trabalhe com magia. Quando o povo encantado confia em santos ou na Virgem Maria como ajudantes, eles mantêm altares para estes, participando ativamente na organização e realização de festivais em sua honra e tem um papel ativo nas irmandades e fraternidades que podem levantar dinheiro para essas festas. Curas para certas doenças podem acontecer especificamente em dias de festivais para santos. Assim, a cura está intimamente ligada com os ciclos econômicos de uma comunidade e com o calendário litúrgico católico.
O povo encantado italiano pode usar uma variedade de instrumentos para seu trabalho, o que pode sugerir uma ligação entre a Stregheria e a Bruxaria Neo-Pagã. Eles geralmente têm cadernos nos quais rezas, feitiços e encantamentos são registrados - os ancestrais dos atuais Livros das Sombras. Alguns usam armas de vários tipos (adagas, espadas, baionetas e mesmo armas de fogo) para espantar espíritos maus ou simbolicamente cortar certas doenças, como vermes. Cordas e cordões também podem ser usados para feitiços ou amuletos de amarração, enquanto outras ferramentas podem ser totalmente idiossincráticas.
A tradição encantada italiana tem um número de traços que sugerem que alguns aspectos da Stregheria moderna que podem vir de dessas práticas populares, e muitos ítalo-americanos que se vêem como portadores da Stregheria cresceram em famílias que preservaram aspectos da visão de mundo encantado da Itália rural. Como o neo-paganismo e a revitalização da bruxaria, esta forma de vida estava organizada em um ano ritual que seguia os ciclos das estações; o sol e a lua influenciavam os ritmos de trabalho e produção. As mulheres eram reconhecidas como nutridoras e doadoras de vida e eram envolvidas com a manutenção de altares para a figura do divino feminino, a Virgem Maria. Seus ancestrais imigrantes foram portadores de uma tradição de curas que envolviam ervas e práticas espirituais. Eles talvez tivessem mantido registros em cadernos sendo percussores dos Livros das Sombras dos neo-pagãos. Suas ferramentas podem ter incluído facas, espadas ou outras armas que eram usadas para espantar espíritos maus e que seu oficio envolvesse comunicação com ajudantes que tomavam a forma de ancestrais. Uma vez que essas tradições podem ser combinadas com a Bruxaria em narrativas populares, é possível que esse ligação tenha permanecido entre gerações depois da imigração, dando às streghe contemporâneas a impressão que seus ancestrais pertenciam a uma sociedade organizada, hierárquica e secreta de antiga de bruxas. Mas o oficio do povo encantado italiano também difere da Stregheria moderna de formas importantes. Este oficio não era uma religião pagã; não há menção a uma deusa ou deus, ou sobre deidades que vinham ao corpo dos praticantes. Ele existe dentro de uma visão de mundo católica, embora era permitido o contato com espíritos ancestrais, o que marca as práticas como locais, regionais e não eclesiásticas, em natureza. Também é ausente a organização wiccana de ritual, e embora existam algumas similaridades entre o ano wiccano e o ano ritual da Itália rural, isso acontece porque o primeiro é baseado largamente nos ciclos agro-pastorais dos irlandeses, os quais possuem uma herança comum com o resto da Europa, incluindo a Itália.
Mas poderia uma religião antiga pré-cristã envolvendo a veneração de Diana ter sobrevivido na tradição plebéia italiana, para ser trazida para a América do Norte pelos imigrantes? A falta de provas escritas faz qualquer resposta para essa questão ser, no limite, hipotética, mas pelos registros históricos tal cenário seria improvável. Três fatores fazem da sobrevivência de uma religião pagã na Itália dentro do século XX, e sua transmissão através dos documentos de Leland improvável: a forte presença do Cristianismo através da península desde o Império romano; a falta de uma cultura e língua unificadas na Itália até o século XIX; e o relativo isolamento das classes plebéias - aqueles que dizem ter mantido a religião de acordo com o mito Neo-Pagão.
Stregheria e a magia e cura vernacular italiana são, então, tradições diferentes, mas interconectadas. Muitos ítalo-americanos que hoje se vêem como portadores da Stregheria cresceram em famílias que preservaram aspectos da visão de mundo encantado em um contexto imigratório. Enquanto a Stregheria pode ser de ajuda para que os ítalo-americanos possam redescobrir aspectos de suas raízes e sentir orgulho por sua herança étnica, sua forma, estrutura e contexto cultural são marcadamente diferentes daqueles da visão de mundo encantado e suas práticas associadas na Itália. Porém, a Stregheria não deveria ser interpretada como não-autêntica, falsa ou arranjada, pois inovação e volta às tradições são partes dessa prática. A visão de mundo encantada não pode existir no contexto da América do Norte contemporânea e urbana; ítalo-americanos precisam de novos caminhos para reconstruir e preservar a sua autenticidade étnica, e para alguns, a Stregheria satisfaz essa necessidade.
1 Vernacular como regional. Estou seguindo os termos da autora.
2 Bruxaria Hereditária, no Brasil, publicado pela editora Gaia.
3 Povo encantado, como aquele que tem conhecimento do mundo espiritual

A CRIAÇÃO DE "DEUS"

A CRIAÇÃO DE "DEUS"

Desejo, necessidade, carência, emoções, sentimento, prazer e dor. Essas são as forças que comandam o ser humano. Elas originaram todas as criações humanas. Não importa o quão importantes ou insignificantes tenham sido essas realizações. Que necessidades e sentimentos deram origem às religiões? Várias emoções deram origem às crenças religiosas. Sem dúvida, o medo foi a emoção que mais provocou esses sentimentos no homem primitivo.
Medo da fome, de animais, de doenças, da morte e mais uma infinidade. Como o conceito de causa e efeito era mal desenvolvido nesses seres primitivos, eles atribuíam causas sobrenaturais a todos os fenômenos naturais. Como o ser humano era capaz de manipular a matéria e criar artefatos, ele calculou que o mundo era uma espécie de artefato criado por um outro ser ou seres maiores que ele, mas análogo a si próprio. E atribuiu as desgraças e felicidades que lhes aconteciam a esses seres.
Assim, explicavam os acontecimentos recorrendo a causas sobrenaturais. Tudo era explicado através de lendas e mitos. Pois tudo era causado por deuses ou demônios. Não existiam causas naturais em suas concepções. Se tinham um ferimento ou uma moléstia qualquer, não procuravam uma causa natural para os mesmos, já sabiam as causas. Os deuses ou demônios tinham sido contrariados de algum modo. A única maneira de acabar com o sofrimento era através de súplicas a esses seres sobrenaturais. Às vezes, esses deuses ou demônios exigiam sacrifícios.
E os primitivos não hesitavam em obedecer. O conceito de deuses e demônios evoluiu com o tempo, mas, no entanto, a ideia central foi passada de geração em geração. Tanto que ninguém nunca questionou ou questiona até hoje essas ideias. Ideias desenvolvidas pelo homem primitivo. Geradas principalmente pelo medo.
Logo alguns perceberam que esses deuses e demônios podiam ser usados de modo lucrativo. Através deles o povo podia ser levado à obediência. Mães e pais começaram a propagar esse tipo de crença e a gerar demônios aos montes, afinal, é mais fácil controlar uma criança pelo medo do que pela razão. Tanto que, até hoje, existem mais demônios que deuses. A criança ficava mais fácil de ser manipulada se tivesse medo do bicho papão e de todos os tipos de monstros que pudessem imaginar.
Cedo surgiu uma classe de pessoas que se diziam mediadoras entre demônios e deuses e o povo. Diziam que tinham poderes especiais para aplacar a ira desses seres terríveis. Deu-se inicio aos rituais. Assim surgiu provavelmente a mágica, pois o povo precisa de um espetáculo para acreditar que alguém tem poderes especiais. E o que era uma simples mágica se tornava milagres incríveis para o cidadão comum, e dado o desejo de impressionar que motiva a maioria dos humanos, esses truques se tornavam milagres cada vez maiores de geração em geração. Nunca subestime o poder de exagerar do ser humano.
Lógico que toda tribo, todo povo, tinha um líder ou líderes. E esses líderes logo perceberam que o poder que os mediadores entre o natural e o sobrenatural tinham sobre o povo podia lhes ser muito útil. Os líderes tinham o poder da força. Podiam obrigar o povo a fazer o que quisessem. No entanto, nenhum líder quer um cidadão rebelde. Quanto mais mansos, melhores. Ao menos, mansos em relação ao líder. Seria muito mais fácil para eles que os cidadãos aceitassem obedecer de livre e espontânea vontade, e se possível ainda deveriam ficar felizes em fazer a vontade do líder. Daí surgiu um outro uso para a religião.
Quando um líder administrava mal sua tribo, logo achava um demônio ou deus que “estava” atrapalhando seus planos. E pedia aos sacerdotes que aplacassem a ira do mesmo. Afinal, eles não podiam admitir que eram incompetentes. Tudo deveria ser causado por deuses ou demônios. Não existiam causas naturais.
O povo também às vezes se rebelava por achar que o líder tinha atraído a ira de um deus ou demônio. Convinha ao líder respeitar os mediadores, pois os mesmos podiam levar o povo a crer que o único modo de melhorar as circunstâncias era eliminando o líder que tinha atraído a ira dos deuses ou demônios. Daí surgir o respeito dos líderes às autoridades eclesiásticas. O líder tinha a força como poder, mas os mediadores tinham deuses e demônios como ferramentas. E que forças terríveis elas são.
E assim o poder secular e o poder eclesiástico começaram o seu reino. E religião e política sempre andaram ligadas desde então. Um casamento duradouro. Outros fatores contribuíram para o advento da religião, é claro.
Nos baseamos nas qualidades de nossos pais e líderes para explicarmos as qualidades e defeitos de Deus. Todos os atributos, bons e ruins, vieram desse tipo de comparação. Queremos o apoio e o carinho de nossos pais, e é claro, queremos o mesmo de Deus. Agradamos nossos pais e líderes, e sendo Deus uma superautoridade, queremos agrada-lo mais ainda. Tememos nossos pais e líderes e o mesmo acontece com Deus.
Esse Deus social pune e recompensa. Apoia e auxilia. Nos conforta em tempos difíceis. Nos protege quando estamos em perigo. Esse Deus tanto pode ser pessoal, como tribal ou pode incluir até mesmo toda a raça humana. Mas ele veio de uma comparação com as autoridades em nossa vida. Daí muitas religiões pregarem que a rebeldia contra uma autoridade qualquer seja uma rebeldia contra Deus. Desobedecer ao pai seria semelhante a desobedecer a Deus. Desobedecer ao rei é desobediência à Divindade.
O medo da morte é uma outra grande motivação para as religiões. Todos morrem. Nossos pais morrem. Nossos filhos morrem. A morte está em toda parte. Para que você viva, algo tem que morrer. A morte é o preço da vida. Afinal, ninguém pode viver comendo pedras. Só seres vivos podem nos dar a energia para continuarmos vivendo.
O problema é que ninguém quer morrer. Todos se agarram à vida. É um instinto natural em todos os animais. Mesmo quando a vida é insuportável, os seres se agarram a ela. Seres humanos não poderiam escapar a esse apego ferrenho. Todos tentam preserva-la a todo custo.
Como os seres humanos são provavelmente os únicos animais a saberem que vão morrer, como essa ideia nunca os abandona, como esse medo é mórbido, a criação de um Deus não poderia ficar de fora.
Um único Deus não poderia explicar todos os fenômenos, daí todas as religiões terem demônios para explicar as coisas ruins, e daí também a ideia de um Grande Diabo. O chefão de todos os demônios. Pelo que eu saiba, nenhuma religião conseguiu escapar da criação desse ser. De algum modo, ele sempre existe.
Com o passar dos tempos, os seres humanos não se contentaram mais em simplesmente ter uma vida boa. Precisavam de algo mais. E também não suportavam a vida que levavam, pois a mesma sempre foi cheia de problemas. Tinham que defender seu conceito de Deus diante de tantas desventuras, daí o Diabo. Mas achavam que tinha que haver um plano de existência em que o Diabo não participasse, um plano perfeito, pois ninguém conseguia acreditar que essa nossa vida imperfeita fosse a única.
O ser humano começou a imaginar como seria uma vida sem a necessidade da morte. A morte, a grande destruidora. A morte, que torna todos os esforços inúteis. A morte, que sempre interrompe os planos dos mais prudentes. A onipresente morte. O ser humano tem uma imaginação estupenda. Quando concebe algo, tem o poder de criar as formas mais incríveis de realidade. E como a vaidade nos leva a nos agarrarmos a nossas ideias, e dado o fato de a ciência não existir num passado muito remoto, chegamos a acreditar veementemente em nossas ideias e imaginações. Não importando o quão sublimes ou ridículas elas fossem.
Do fato de não nos conformarmos com a morte, de desejarmos viver, não importando em que condições, surgiram todas as ideias sobre vida depois da morte. Afinal, como justificar um Deus todo bondade, se não inventarmos uma realidade em que o mal não existe? E para que Deus seja bondoso, como queremos que seja, precisamos inventar um céu. O céu é aquilo que o mundo deveria ser segundo expectativas humanas. As escrituras judaicas exemplificam bem tanto a religião do medo como a religião da moral, pois contêm ambos os fatores em seus dogmas. Deus está sempre ali tanto para punir como para recompensar, e é um moralista em todas as áreas da existência humana.
Todas as religiões tratam da moral e da ética e dos bons costumes. Mas, muitas vezes, o fato de fixarem pensamentos em forma escrita dificulta a evolução moral. Muitos acham que o que está escrito foi escrito por Deus e, portanto, é imutável. Mas o que deu origem à moral foi um fato passado que muitas vezes não existe mais. A religião moral é superior à do medo. No entanto, quase nenhuma religião contém somente um elemento, mas elementos tanto de medo como de moral. Geralmente os elementos mais avançados da sociedade seguem mais a religião da moral, e os mais atrasados a do medo.
Deus sempre é antropomórfico. Deus é sempre um homem gigantesco na maioria das religiões. Com todas as qualidades e defeitos do homem. Defeitos e qualidades ampliadas a proporções gigantescas, é claro. Isso acontece porque o homem não consegue conceber algo além daquilo que é. Ou daquilo que seus sentidos mostram.
Outros acreditam que Deus é algo inconcebível. Daí termos que acreditar pela fé ou não acreditar, pois não temos como provar a existência de tal ser. Ele está além de nossos sentidos, além do natural. Ou seja, ele é sobrenatural. Mas é impossível ao homem falar de algo que não conhece pelos sentidos. Daí usarem um palavreado incompreensível aos não iniciados.
Poucos indivíduos passam desse nível de Deus antropomórfico. Só as camadas mais avançadas da população chegam a conceber um Deus como uma força, algo totalmente diverso do ser humano. Algo transcendente. As religiões do Oriente chegaram a transferir esse pensamento para muitos dos membros da população. Mesmo assim, o povo, na sua maioria, não consegue conceber Deus como uma força. As religiões do Oriente não conseguiram passar esse pensamento nem para as camadas mais avançadas, muitos tem esse pensamento, mas a maioria ainda ora para um Deus pessoal. Parecido com ele mesmo, e a ideia de que o homem é a imagem de Deus ainda torna esse pensamento mais difícil de mudar.
Existe uma outra forma de conceber Deus. Podemos concebe-lo como o Cosmo. O Universo. Tudo que existe. Essa forma se chama Panteísmo. Que é uma forma de adorar o Universo chamando-o de Deus. Essa forma de adoração esta presente em todos os níveis. Muitas tribos primitivas adoram a natureza e a chama de Deus, e muitas pessoas avançadas são ateias, mas veneram tanto o Universo que o mesmo se torna Deus.
Alguns indivíduos adoram a ordem que permeia o Universo como a um Deus. Sentem um sentimento de encanto ante a imensidão do cosmo, a ordem e as leis que o regulamentam. Sentem grande prazer em descobrir tudo sobre esse cosmo. Esses são, em geral, cientistas que se contentam em deixar seus desejos mundanos (ligados ao mundo) de lado, e se concentram em descobrir os mistérios que os permeiam. Esse mistério e seu desvendamento se tornam uma religião para eles. Einstein é um exemplo desse tipo de pensamento, assim como Espinosa.
Eles procuram experimentar o Universo como um todo harmônico. E para isso, têm que se desvencilhar dos pensamentos voltados para si próprios, dos desejos e problemas individuais — e se concentram no cosmo e seus mistérios como missão de vida, e não em dinheiro e problemas pessoais.
É claro que esse tipo de religião nunca agradou a maioria. Essa maioria está mais interessada nos problemas do dia-a-dia e precisam de um Deus mais mundano que possa lhes ajudar a superá-los. Precisam de um Deus pessoal que lhes entenda e lhes ajude nas horas mais difíceis. E o Universo ou cosmo é indiferente às suas criaturas. O Universo não é nem bom nem ruim. Ele simplesmente é neutro. Não se preocupa com as criaturas que nascem dele.
O ser humano quer ser visto, de algum modo, quer se sentir importante, importante para alguém, sua vaidade não vai deixar essa ideia morrer facilmente. Dessa forma percebemos qual é a grande diferença entre religião e ciência. A ciência se baseia nas leis da Causa e Efeito e, portanto, não pode conceber que exista um ser mudando as leis segundo caprichos de sua vontade. Para a ciência, tudo tem uma explicação natural, não sobrenatural. As causas de todos os males ou bens do ser humano são naturais e não sobrenaturais.
Um cientista não acredita nem na religião do medo e nem na da moralidade. Moralidade concerne somente aos seres humanos e não ao Cosmo. Um Deus que pune e recompensa é inconcebível para ele.
Todas as ideias dos homens vêm de fora de algum modo. Da sociedade que o cerca, dos livros que lê, das influencias da sua vida. Além de influencias de sua própria natureza. Pois cada um tem um modo de ser que é determinado pelos seus próprios genes. Alguns nascem calmos, outros agitados. Uns com propensão à violência, outros não.Uns são tigres, outros coelhos assustados. Uns tem corpos altos e fortes, outros são baixos e fracos. E assim por diante.
Como pode Deus castigar ou punir alguém quando pelo menos 90% da personalidade de uma pessoa são determinados por causas acima de seu controle? Além do mais, existem várias religiões na Terra. Cada uma com regras específicas para se entrar no céu. Sendo assim, como pode uma pessoa ser salva simplesmente por ter tido a sorte de nascer no local adequado? Sabemos muito bem que 90% das pessoas adotam a religião de seu local de origem ou uma variante da mesma. E mesmo quando mudam de religião radicalmente nunca conseguem deixar por completo as crenças adquiridas na infância. Mudam de religião, mas seu comportamento continua compatível com as crenças anteriores. Cercado como está de influências tanto internas como externas acima de seu controle, que critério usaria Deus para julgar o homem?
O comportamento ético de um ser humano deve se basear em suas necessidades sociais e individuais, a religião não precisa entrar nessas questões. O melhor guia para o comportamento social é a razão. Tudo gera consequências. Toda causa gera um efeito. Regras fixas de comportamento não são compatíveis com o ser humano, pois fatos sociais mudam o tempo todo. O exemplo do sexo que dei acima é um deles. Quando a religião tenta engessar um tipo de comportamento, está indo contra o próprio progresso humano, pois tenta fixar aquilo o que não deve ser fixado. O ambiente muda o comportamento. E um comportamento mal adaptado leva ao sofrimento. Todo organismo deve fazer tudo para sobreviver da melhor maneira possível, e a maneira pela qual um ser humano sobrevive é usando sua mente para seu benefício e para o benefício da sociedade como um todo. Se cuidar de progredir, acabará ajudando a todos.
A educação tem um papel fundamental como meio de influenciar o comportamento dos indivíduos. Convém ensinar as pessoas a pensar e a agir em sociedade. As escolas deveriam se voltar para formar um bom cidadão e não somente fazer com que pessoas acumulem conhecimentos que nunca serão utilizados. A escola deveria ensinar lógica, matemática e línguas desde o começo. A lógica serve para evitar que as pessoas sejam presas fáceis de qualquer aproveitador que apareça pela frente.
A religião mantém as pessoas na infância eterna. Sempre se entregando a alguém para resolver seus problemas pessoais. A falta de consciência em suas faculdades mentais e o complexo de inferioridade faz com que muitos parem de pensar logicamente e se entreguem a todo tipo de pensamento, por mais absurdo que seja.
As pessoas raramente analisam as tradições de seu povo. Simplesmente aceitam tudo. Será que isso é bom para a raça como um todo? Será que não precisamos de mais rebeldes ao invés de mais conformistas? Todo avanço foi uma rebeldia. Uma rebeldia contra os padrões vigentes. Rebeldia não significa ser do contra, significa ser verdadeiro consigo próprio. Fazer as coisas em que se acredita, e não fazê-las simplesmente por que todos fazem. Rebeldia também não é ir contra tudo só para ser diferente. Rebeldia é fidelidade à nossa natureza intima. Não é ser do contra ou a favor. É ser integro com o que se acredita.

Sobre o autor: José Moreira da Silva é formado em Filosofia pela Universidade de Nova Iorque e atualmente é professor de inglês, tradutor e intérprete, e dedica-se ao estudo da natureza humana através da psicologia, filosofia e religião.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Wicca e Witchcraft

"Wicca e Witchcraft são tradições diferentes. A Wicca remonta aos anos 50 e surgiu com Gerald Gardner, enquanto a Witchcraft é mais antiga, remontando pelo menos à Idade Média. Esta questão é polémica e bastante discutível."http://images2.fanpop.com/images/photos/7500000/the-icon-picture-fanpop-chaos-witchcraft-edition-7595161-800-1132.jpg

A Wicca (ou Feitiçaria/Witchcraft) é um caminho específico dentro do Paganismo. Na sua forma moderna remonta ao final dos anos 40 quando as formas sobreviventes de adoração pré-cristã, pagã, foram descobertas pelo Dr. Gerald Gardner. Para os que aderem à Wicca, ela é uma religião de mistérios.
É um caminho de desenvolvimento pessoal que pode ser seguido pelo indivíduo ou dentro de um grupo de apoio. O seu objectivo é compreender e sintonizar-se com a natureza cíclica da vida e atingir uma relação harmoniosa com a Natureza, com o Eu e com a Centelha Divina.
A Wicca é essencialmente uma forma iniciatória de Paganismo, sendo que o objectivo é o indivíduo atravessar alguma forma de "revelação" e de dedicação ao seu caminho particular com a intenção de se tornar consciente da sua parte no mistério cíclico da vida e da sua relação com ele.
Este é um caminho de compromisso espiritual que só pode ser assumido de modo apropriado na maturidade. Assim, ninguém menor de 18 anos de idade (e geralmente 21) é iniciado na Wicca. Ninguém de qualquer idade é pressionado para a iniciação. De facto, os que procuram com sinceridade têm muitas vezes de esperar durante algum tempo (tradicionalmente um ano e um dia) antes de serem aceites.
Devido à natureza profunda da prática da Wicca, os grupos são constituídos como Covens, com uma Sumo-Sacerdotisa e um Sumo-Sacerdote, que são responsáveis por guiar os membros no seu caminho espiritual, por organizar as cerimónias e pelo trabalho de grupo.
Tal como os outros pagãos, os wiccanos celebram os oito festivais sazonais; muito frequentemente estes e cerimónias como os Handfastings (casamentos) são reuniões abertas para as quais são convidados não-wiccanos; as crianças podem (o que é muito próprio) estar presentes nestas reuniões.
Para além disso, os wiccanos também se encontram uma vez por mês na Lua Cheia e é nestas reuniões que os Mistérios são ensinados e que é realizado o trabalho mágico; isto inclui a cura psíquica, o focar energia para atingir resultados positivos e o trabalho para o desenvolvimento espiritual dos membros individuais do Coven.
Estas reuniões de Lua Cheia são restritas apenas aos membros do Coven. Não se permite que as crianças estejam presentes. Antes de começar uma reunião, cria-se um espaço mágico sob a forma de um Círculo, utilizando um ritual simples de consagração. O trabalho mágico que toma lugar no seio do Círculo é confidencial e não é discutido fora dele.
É perfeitamente possível ser-se pagão sem se ser wiccano. Na verdade, muitos pagãos não têm desejo de se tornar num. Contudo, não é possível ser-se wiccano sem se ser pagão. Quem diga ser wiccano ou um Feiticeiro, mas não aceite os princípios básicos do Paganismo está a iludir-se a si mesmo ou a fingir ser algo que não é.
Os wiccanos em geral pertencem a uma de quatro "tradições" principais. Estas são a Alexandrina, a Gardneriana, a Hereditária e a Tradicionalista. Os Gardnerianos reclamam a linhagem de Gerald Gardner, os Alexandrinos de Alex Sanders. Os Tradicionalistas dizem que os seus métodos foram passados de geração para geração através de uma família alargada ou de uma comunidade. Os Hereditários são o mesmo, mas os seus laços de família são de sangue ou por casamento.
Nos últimos 15 anos, registou-se um aumento dramático, tanto nos wiccanos não-alinhados *(semelhantes aos Neo-Pagãos no aspecto e na abordagem) e naqueles que descobriram a Wicca através dos muitos livros disponíveis escritos sobre o assunto por Janet e Stewart Farrar, uma síntese das formas Alexandrinas e Gardnerianas. *Nomeiam-se Wicca Eclética e/ou Wicca Progressiva.
A Wicca é uma religião não-dogmática; ao contrário de qualquer outro sistema religioso maioritário, não há uma forma "certa" ou "errada" de observação. O indivíduo é livre de seguir uma das tradições principais ou para encontrar o seu próprio caminho. São as crenças, a filosofia e a ética que são importantes, não a sua expressão exterior. Para além das linhas de conduta básicas, não existem quaisquer "mandamentos" excepto o seguinte (conhecido por Lei Wiccana):
An it harm none, do as ye Will.
Escrito como um arcaísmo, significa o seguinte: "An it harm none"; se nada é prejudicado (incluindo o Eu do próprio)- "do as ye Will"; "Will" é posto em maiúsculas e significa a "verdadeira vontade", ou seja, aquilo que causa o crescimento espiritual, aquilo que está "certo".
A Lei é utilizada como um teste para qualquer acção; mesmo quando confrontado com dois cursos, nenhum dos quais é prejudicial, a decisão é tomar o caminho que espiritualmente é mais elevado.
Os Wiccanos juram observar a Lei e ninguém que observe a Lei poderá jamais magoar intencionalmente crianças para sua gratificação pessoal ou para gratificação de outrem.
Claro que toda a gente pode abandonar um Coven em qualquer altura, e alguns fazem-no. Estas pessoas não sofrem sanções, mas apenas se pede que respeitem a privacidade dos que permanecem. Os membros que permanecem observarão todos a Lei, por isso não farão nada para obstruir alguém na sua busca espiritual.
Um informativo da Federação Pagã Internacional - PFI.
COPYRIGHT E DIREITOS EXCLUSIVOS DE
PAGAN FEDERATION INTERNATIONAL
Para PFI - PORTUGAL

domingo, 29 de agosto de 2010

Zeitgeist - Jesus Cristo o Mito copiado dos Pagãos PARTE

FONTE:Zeitgeist - Official Release (Portuguese)

http://video.google.com/videoplay?docid=-1437724226641382024#


Zeitgeist - Jesus Cristo o Mito copiado dos Pagãos PARTE

http://www.youtube.com/watch?v=LbiO_fBeg3I


http://universouniversal.files.wordpress.com/2009/03/zeitgeist.jpg

Cat Woman "Eu sou a Mulher-Gato, ouça meu rugido."



"Eu sou a Mulher-Gato, ouça meu rugido."
DADOS PESSOAIS:
ALTER EGO: Selina Kyle
OCUPAÇÃO: Criminosa Profissional
BASE DE OPERAÇÕES: Gotham City
PRIMEIRA APARIÇÃO: Batman 1, 1940

ALTURA: 1,68
PESO: 57 kg
OLHOS Verdes
CABELOS: Negros
INGLÊS: Catwoman
HISTÓRICO:
Órfã desde menina, graças a uma mãe suicida e um pai alcoólatra, Selina Kyle passou algum tempo num orfanato feminino, até fugir da abusiva diretora, para viver nas ruas de Gotham City, jurando nunca mais passar fome ou necessidade, Selina aproveitou suas habilidades acrobáticas naturais para tornar-se a mais completa ladra que Gotham jamais conhecera, uma gata (em todos os sentidos) que andava pelos muros e escorregava pela as mãos de todos, incluindo o Cavaleiro das Trevas.
A Mulher-Gato recusa-se a ser aprisionada por um dono ou pelo o governo, mantendo uma vida confortável graças à seus "pulos de gato". Ela não é altruísta, embora tenha lutado ao lado do bem algumas vezes. Se ela decide "fazer a coisa certa", é devido às suas próprias razões e apenas se isso atender seus caprichos ou encher sua bolsa. Ao menos é nisso que ela acredita.
Selina sempre teve uma queda por gatos. Ela é uma mulher sofisticada, embora vingativa, é tão bonita, quanto perigosa. Uma ativista ferrenha dos animais. No entanto, ela sempre faz justiça com as próprias mãos, o que a faz entrar em conflito com o Batman.
a Mulher-Gato mantém um tipo de relacionamento amoroso com o Homem-Morcego, mas a lei acaba ficando no caminho entre os dois.
A Mulher-Gato foi a vilã que mais teve sua origem modificada durante a sua existência, já foi uma aeromoça que perdeu a memória, prostituta, etc.
PODERES E ARMAS
A Mulher-Gato possui garras super afiadas e retráteis, nas luvas e botas. Além disso, ela brande um grande chicote extensível, que a ajuda em sua defesa e acrobacias.
CINEMA E TV
A gostosa Julie Newmar foi uma das duas Mulher-Gato da série de 1966, a outra Eartha Kitt, substituiu-a em alguns episódios.
Batman O Homem-Morcego, longa de 1966, Lee Meriwether fez o papel.
Em Batman O Retorno de 1992, Michelle Pfeiffer foi a Mulher-gato de Tim Burton, quase perfeita, o problema foi seu cabelo loiro no filme, enquanto nos quadrinhos, a mulher-gato sempre foi uma tremenda morena.
No piloto de Aves de Rapina, a rainha dos felinos é mãe da Caçadora e aparece rapidamente baseada na versão de Tim Burton. Só que com cabelos de fora, e máscara folgada. A curiosidade é que a série exibida no Brasil pelo SBT, ganhou o nome de "Mulher-Gato".
Em 2004, a Mulher-Gato estréia seu próprio filme. Com Halle Berry no papel da gata, que se chama Patience Philips. O visual da personagem está ridiculo e a história nada tem haver com qualquer história da personagem. Nada de Batman, nem nada. O filme é uma porcaria.
No primeiro desenho do Batman na década de 60, a Mulher-Gato sempre foi muito estranha, tinha personalidade da série, mas não tinha o visual, nem da série e nem dos gibis, usava uma mascara de carnaval branca e um macacão escroto todo verde.
Na década de 70, coma As Novas Aventuras de Batman, ela gana uma roupa amarela, cabelos castanhos claros e uma pequena mascara preta, com duas orelhinhas nas pontas.
A versão de Batman Animated Series, mistura um pouco do filme Batman – O Retorno com os quadrinhos da época para criar sua Mulher-Gato.
No terceiro ano do desenho, Batman Volume 2, a felina aparece de cabelos pretos e curtos e com um sensual uniforme negro.
Já o visual da Mulher-Gato em The Batman (bwa hahahahaha) é, ao meu ver, uma mistura do visual do filme Mulher-Gato com o da HQ (meio óbvia essa observação). Pode ser que o cabeção fique bem no desenho, mas, com ceretza, no filme é motivo de piada.
A mais famosa vilã das hqs retorna em Batman: Os Bravos e Destemidos com seu visual original nos quadrinhos.


Poder da Mente

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ESCREVER E DESCREVER É IMPORTANTE
.
Escreva e descreva tudo que você deseja e esta na sua mente!

Desenhar ,veja os desenhos com os olhos da mente em sua propia mente.E...descreva o que ve e quer em palavras.

Use a palavra MEU ou MINHA antes de escrever qualquer frase,que indique o seu desejo desenhado em sua mente.

Exemplo:

Meu carro dos meus sonhos é um Jaguar Ouro Perolado,bancos de couro,vidros esverdeados medium,acabamento em madeira,rodas de aluminium e placa com a data do meu aniverssario.

Profetize!

Minha casa que penso em comprar tem 5 quartos,2 salas e 1 escritorio,com espaço pra mim colecionar meus livros,2 grandes mesas interligadas de escritorio,um vasto jardim de inverno pra mim,poder plantar minhas babosas e ervas magicas e beneficas e ter como meu hobby preferido,doar as pessoas que necessitem dessas plantas que plantarei nesse jardim de inverno.

Profetize!

Minha casa tem uma area belessima que coloco uma churrasqueira e convido alguns,dos meus amigos leiais e verdadeiros pra usufruir da alegria e fortuna em minha vida.
Tambem recebo crianças e idosos que conheço ou desconheço nos finais de semana,pra comermos um grill, de carnes ou de legumes e rirmos a tarde toda.

Profetize!

Minha casa tem 2 salas lindas com diferentes jogos de sofas,vasos com babosa e orquideas e quadros pintados a mão comprados em Sao ´Paulo,Veneza e Paris e alguns de Viena.

Profetize!

Minha casa é linda,aconchegante e meu lar acima de tudo e meus filhos e amigos a amam e estao felizes com a minha felicidade.

Agora vem o classico mas o mais importante as afirmações!


AFIRME AFIRME AFIRME

.

Afirme insensatamente que és Feliz,abençoado,tem muita sorte,é saudavel,esta contente,que aguarda maravilhas e que seus planos estão dando certo.

Afirme apenas palavras boas e que te deem motivo ou aumentem a sua motivação pra conseguir ser uma pessoa extremamente feliz!

Pense em seus ideiais todos realizados!

Faça isso o maximo de vezes possiveis durante o seus dias e antes de dormir,sempre sentido-se bem com as cenas mentais,aonde você participa e realiza-se em alegrias e felicidades!

Tente,Aja e Experimente!

Depois...

E sorria de dentro pra fora!

Seja jovem espiritualmente e mentalmente!

Você não precisa concordar comigo,apenas experimente sair desse conflito e tente dessa forma,sentir-se bem e ser feliz.

Pense em algo que realmente te faria feliz nesse exato momento!

Pensou?

Pensou em que realmente vamos fale?!

Escreva e descreva a sua reação quanto ao acontecimento ,no presente ou no passado como já tivesse acontecendo ou acontecido e ocorrido.

A mente não sabe se uma imagem mental é verdadeira ou falsa,simplesmente a aceita e conforme seus desejos e como os vibra a mente cosmica te da mais disso,e de uma forma extraordinaria te envia a eles e vice-versa.

Dessa forma você da asas a imaginação e forças ao universso e ordens que serão cumpridas ao seu subconsciente.

Sem força de vontade apenas sinta a delicia de viver seu momento de prazer.

Leia e releia a sua reação de alegria,de alivio,felicidade que você descreveu no papel diversas vezes por dia.

Pense e repense sobre isso e continue até tudo tornar-se realidade.Faça isso todos os dias.

Assim você redirecionara sua emoção e em breve vivera seus sonhos.

Repita todos os dias o processo e nada de ficar copiando e colando apenas,para mostrar que esta em dia com a lição.

Use a repetição em forma de palavras escritas,frases repetitivas e imagens constantes e iguais.


ISSO REALMENTE FUNCIONA!


Taillard Silvana
Amante dos livros de autoajuda de Joseph Murphy

Lista Santa Sarah Kali
Rede de amigos NingCompanhia dos Gatos yahoo lista
Tudo que desejares a mim eu vos desejo em DOBRO!REDOBRADO! E

Magias e feitiços

FEITIÇO PARA QUEBRAR UM FEITIÇO A VOCÊ LANÇADO

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INGREDIENTES: 1 punhado se sândalo moído, 1 punhado de folhas trituradas de mirra, 1 folha de papel com o nome de seus inimigos.

MODO DE FAZER: Realize este feitiço no primeiro dia da lua minguante, de preferência quando ela se encontrar no signo de Escorpião. Pegue a folha de papel e sobre ela espalhe o pó de sândalo e a mirra, repetindo por nove vezes o seguinte encantamento:
Lua que tudo leva
Lua que tudo desfaz
Leva longe toda treva
E o nó do feitiço desfaz!
Após ter repetido por noves vezes este encantamento, leve a folha de papel até um jardim distante de sua casa e enterre bem fundo. Volte para sua casa sem olhar para trás. Com toda certeza, o feitiço lançado contra você voltará para as mãos de quem enviou .

Expulsar Entidades de Má Sorte

Para se proteger contra feitiços lançados na sua casa, pingue em cada comodo da casa sete gotas de amônia.

                           http://www.magiazen.com.br/wp-content/uploads/2009/09/fadaes.bmp
FEITIÇO DO VENTO
Esse feitiço é muito eficaz as maldições jogadas oralmente, as tradicionais pragas.
Você vai precisar, primeiro de um dia com muito vento, um pouquinho de açucar, um punhado de farinha de trigo e um pouquinho de sal.
Coloque tudo na palma da mão e , enquanto o vento lega os ingredientes, repita o seguinte encantamento:


"Vento que sopra nos campos,
Vento que carrega as sementes,
Leva a maldição a mim enviada,
E alegria na minha vida tu ventes.
E que assim seja,
E assim se faça!"

                                                    

Banho com sal e outros para retirar a negatividade:
Como fazer o preparado para o banho: 4 lt água; 2 punhados de sal grosso; 2 dentes de alho roxo cortados em cruz, 5 galhos de arruda fêmea e 5 de arruda macho. Faça esta mágica em lua minguante.
Ferva a água juntamente com os dentes de alho previamente cortados. Depois, macere a arruda até estar desfeita e junte-a á água fervida. Misture então o sal. Deixe arrefecer e coe. Tome o seu banho habitual e depois passe aquele preparo do pescoço para baixo. Passadas pelo menos 2 horas tome um duche para retirar o “banho mágico”.
Magia com sal para anular feitiço:
O que é preciso: 1 pano branco; 1 vela negra; 1 tigela de vidro; sal grosso; sal fino.

Na primeira noite de lua minguante, coloque a vela na tigela e ponha um pouco de água dentro (um dedo). Acenda vela negra e diga 3 vezes: "Lua de partida, leve os feitiços de minha vida"

Depois coloque dentro da tigela, à volta da vela, um punhado de sal grosso e diga, 3 vezes: "Com o cristal de sal, que se desfaça o mal".

Depois, sobre o sal grosso, coloque o sal fino, e repita 3 vezes: "Sal sobre sal, calor com calor, aquele que me fez mal, que sinta a sua dor"
Deixe a vela arder até ao fim. No entanto depois dela se apagar ficará um pedacinho. Esse pedaço juntamente com o resto do sal, você o coloca dentro de um pano branco nunca antes usado. Fecha o pano dando-lhe 7 nós, e manda tudo para a água do mar ou do rio, pedindo para as “águas da justiça lhe tirar todo e qualquer feitiço”. Sai dali não olhando mais para trás.



A associação dos elementos com os quadrantes não é um modelo fixo, apenas um padrão.

As conexões com os quadrantes varia muito de lugar para lugar, de tradição para tradição. Existe a associação "padrão" Norte-Terra, Sul-Fogo, Oeste-Água e Leste-Ar porque para os europeus:
. o Norte é a terra escura, misteriosa, de onde "vinham os deuses"
. o Sul é de onde vem o calor, pois é onde fica a linha do Equador para eles
. o Oeste tem o oceano (água)
. o Leste traz os ventos do continente

Foi assim que eles fizeram essas relações. Nada impede que cada pessoa, tradição ou coven modifique isso de acordo com o lugar em que estão. Por exemplo, no Brasil faria mais sentido, seguindo as mesmas associações acima, o Fogo ao Norte, a Terra ao Sul, a Água a Leste e o Ar a Oeste. O que importa é manter as oposições: Terra/Fogo e Água/Ar.
Invocação dos Senhores e Senhoras
Norte


Senhoras e Senhores do Norte, Espíritos da Terra. Iluminem nosso rito com vossa presença, dotando-o com a energia da solidez e firmeza necessárias.

Leste

Senhoras e Senhores do Leste, Espíritos do Ar. Iluminem nosso rito com vossa presença, dotando-o com a energia da inspiração e intuição necessárias.

Sul

Senhoras e Senhores do Sul, Espíritos do Fogo. Iluminem nosso rito com vossa presença, dotando-o com a energia da vontade e força de realização necessárias.

Oeste
Senhoras e Senhores do Oeste, Espíritos da Água. Iluminem nosso rito com vossa presença, dotando-o com a energia da compreensão e clareza necessárias.


Existem várias maneiras de se traçar um Círculo, você pode usar uma das mais simples:


1. Pegue a VARINHA Mágica ou o ATHAME e vá até o Norte.

2. Visualize um raio, tipo um laser, saindo da ponta do seu objeto escolhido.

3. Dê uma volta, devagar, no sentido horário, até chegar novamente ao Norte.

4. Então diga:
- "Pelo poder da Deusa e do Deus, eu traço este Círculo Sagrado.
Deste espaço nenhum mal sairá, e nele nenhum mal poderá entrar
"!

Depois de traçar o Círculo, você deve invocar os Guardiões dos quatro Quadrantes, acendendo uma VELA ...

Vermelha
Quadrante: Leste;
Representa: Nascer do Sol;
Elemento: AR;


Branca
Quadrante: Sul;
Representa: O Sol do meio-dia;
Elemento: FOGO;


Azul
Quadrante: Oeste;
Representa: O Crepúsculo;
Elemento: ÁGUA;


Preta
Quadrante: Norte;
Representa: A meia-noite;
Elemento: TERRA;

Agora se deve invocar a Deusa e o Deus, vá até o centro do Círculo e faça as invocações. Elas podem ser as seguintes:

- "Deusa graciosa, você é a Rainha dos Deuses; A Lâmpada da noite; A criadora de tudo que é selvagem e livre; Mãe das mulheres e dos homens; Amante do Deus e protetora de toda a Wicca; Descenda, eu suplico; Com seu raio de força lunar; Aqui, sobre o meu Círculo".

- "Deus brilhante, você é o Rei dos Deuses; Senhor do Sol; Mestre de tudo que é selvagem e livre; Pai das mulheres e dos homens; Amante da Deusa e protetor de toda a Wicca; Descenda, eu suplico; Com seu raio de força solar".



Começa então o RITUAL de abertura do Círculo, e cada participante agradece a Deusa por estarem presente e falam:

LESTE: Salve os Guardiões das Torres do Leste. Venham juntar-se a nós neste Círculo, Poderes do AR , vinde! Vigiem este espaço sagrado. Nós o saudamos! Todos ficam em forma de um Pentagrama.

SUL: Salve os Guardiões das Torres do Sul. Venham juntar-se a nós neste Círculo, Poderes do FOGO , vinde! Vigiem este espaço sagrado. Nós o saudamos! Todos ficam em forma de um Pentagrama.

NORTE: Salve os Guardiões das Torres do Norte. Venham juntar-se a nós neste Círculo, Poderes do TERRA , vinde! Vigiem este espaço sagrado. Nós o saudamos! Todos ficam em forma de um Pentagrama.

OESTE: Salve os Guardiões das Torres do Oeste. Venham juntar-se a nós neste Círculo, Poderes do Água, vinde! Vigiem este espaço sagrado. Nós o saudamos! Todos ficam em forma de um Pentagrama. A Alta Sacerdotisa, ou Sacerdote, desenha o Pentagrama de Invocação e o RITUAL começa.

FECHANDO O CÍRCULO


A Alta Sacerdotisa e o Sacerdote agradecem à Deusa e ao Deus por terem estado presentes, e aos Elementos. Casa pessoa volta ao seu lugar e diz:

LESTE: Salve os Guardiões das Torres do Leste. Poderes do AR , nós agradecemos sua presença aqui, como guardiães no nosso Círculo. Vão em paz, oh! grandes Guardiões do Leste, com nossas bênçãos e nosso agradecimento. Obrigado e voltem sempre! Todos ficam em forma de Pentagrama.

SUL: Salve os Guardiões das Torres do Sul. Poderes do FOGO , nós agradecemos sua presença aqui, como guardiães no nosso Círculo. Vão em paz, oh! grandes Guardiões do Sul, com nossas bênçãos e nosso agradecimento. Obrigado e voltem sempre! Todos ficam em forma de Pentagrama.

NORTE: Salve os Guardiões das Torres do Norte. Poderes da TERRA , nós agradecemos sua presença aqui, como guardiães no nosso Círculo. Vão em paz, oh! grandes Guardiões do Norte, com nossas bênçãos e nosso agradecimento. Obrigado e voltem sempre! Todos ficam em forma de Pentagrama.

OESTE: Salve os Guardiões das Torres do Oeste. Poderes do Água, nós agradecemos sua presença aqui, como guardiães no nosso Círculo. Vão em paz, oh! grandes Guardiões do Oeste, com nossas bênçãos e nosso agradecimento. Obrigado e voltem sempre! Todos ficam em forma de Pentagrama.

A Alta Sacerdotisa, desenha o Pentagrama de expulsão e mais uma vez agradece, e só então se fecha o Círculo com o ATHAME de novo, dizendo três vezes:

"O CÍRCULO SE DESFAZ, MAS ELE NUNCA SE ROMPE"

Ainda em forma de Pentagrama, faça uma meditação e visualize, o Círculo em tons de azul, subindo em direção aos DEUSES .

Que assim seja para o bem de todos!

ABRINDO O CÍRCULO

http://4.bp.blogspot.com/_Pew7yWRft44/S_6sGeAWpCI/AAAAAAAACC4/iiSUfOvnl5g/s320/circulo_magico.jpg

 Círculo Mágico 

Quem deseja realizar práticas meditativas, relaxamento, limpeza espiritual ou rituais variados deverá escolher um lugar especial  que será seu Centro de Poder ou Círculo Sagrado. 
Escolha-o com calma, e uma vez que o encontre saiba que deverá nutrir este espaço todos os dias, mantendo-o limpo, organizado e livre de qualquer forma de energia negativa, pois é neste lugar que se darão as tuas comunicações com o Universo.  Quando o tenha definido, senta-te por um momento no chão, toca cada lugar com tuas mãos, caminha ou deita-te onde sente que seja o teu Círculo Sagrado. É importante que marques este lugar de alguma maneira como teu espaço. A seguir inunda este lugar com tua energia inspirando e expirando pela boca como se estivesse enviando um vento de luz brilhante ou chamas douradas que queimam todos os detritos presentes no ambiente, estas chamas movem-se em todas as direções.  Em certo momento notarás que o lugar está limpo, pois ele adquire um aspecto brilhante, onde se pode perceber luzes que cintilam ao teu redor; então será a hora de realizar respirações mais pausadas e longas, para que desta forma possas expandir tua consciência e tua aura. Poderás notar que existe uma aquietação, ou um aumento de temperatura, mas certamente em poucos dias sentirás diferença entre fazer um exercício dentro de teu Círculo Sagrado  ou realizar a mesma prática sem nenhum tipo de cuidado ou sem delimitar um lugar adequado.
Uma das funções do Círculo De Poder é conter, fortalecer e intensificar as energias criadas e invocadas no ritual. Também serve para proteger de influências hostis ou distrações externas.
O perímetro onde realiza-se o ritual deve ser adequado em tamanho e funcionalidade, pois depois que cria-se o círculo para realizar um exercício não deve-se abandonar o lugar, pois tal procedimento poderá desfazer a função protetora de um espaço sagrado e permitir que energias contrárias entrem para perturbar ou causar algum problema no decorrer do ritual. 
O círculo mágico está posicionado entre os mundos da realidade concreta e o mundo dos Deuses. Dentro dele atuamos além de tempo, limite e espaço.  
TRAÇANDO O CÍRCULO MÁGICO
Existem diversas maneiras de traçar um Círculo Protetor ou de Poder, desde fazer um círculo com giz, acender um incenso e percorrer todo o cômodo, fazer um círculo com sal, com ervas protetoras, com a varinha mágica, com o punhal iniciático, etc.  Como geralmente as pessoas fazem seus rituais dentro de um cômodo ou casa vale inclusive fazer uma projeção mental com fogo, vento ou luz azul.  Uma vareta de incenso ou ervas em uma cumbuca de barro ou cerâmica servem como delimitadores de espaço além de queimar energias pesadas. Não esqueça que antes de traçar o círculo deve "limpar" e ordenar  completamente o local.  
 Limpeza do Círculo Mágico
 Se o seu círculo mágico localiza-se em uma área externa, onde existe grama, árvores, água ou plantas realize uma limpeza física do lugar já que não existe necessidade de limpar a energia do lugar, pois a própria terra absorverá e transmutará qualquer influência negativa. Neste caso nunca utilize o sal para delimitar seu espaço, pois em terra que se espalha o sal não cresce vegetação. Utilize o bom senso e consciência ecológica sempre.  Para marcar o círculo pode espalhar folhas de arruda, alecrim, lavanda, cravo da índia, café moído (instantâneo não serve), pimenta preta moída, erva-mate,  ou outro tipo de planta purificadora. Também é válido preparar fórmulas com água e pulverizar em toda área. 
 Limpeza a Fogo
Outra maneira é espalhar velas ou tochas com fogo, sendo esta a forma de proteção mais antiga e eficaz utilizada pelo ser humano. Esta prática é perfeita para reuniões grupais ao ar livre, sendo que pode-se utilizar velas de citronela ou andiroba, uma vela antimosquito com 100% de eficácia comprovada, inodora e atóxica, e usada no combate à dengue, febre amarela, malária, filariose e leischemaniose além das alergias a picadas e desconforto em geral.
Também poderá usar velas perfumadas e coloridas para trabalhar individualmente uma determinada área que esteja em desequilíbrio; como amor, sensualidade, trabalho, saúde, etc. Leia o Guia de Velas!
Se você definiu seu círculo mágico dentro um cômodo de sua casa, teste a limpeza energética de vez em quando,  colocando uma taça com água e observando depois de cerca de quatro horas se não existem bolhas de ar grudadas no cristal. Outra maneira de avaliar a pureza do seu círculo é simplesmente sentí-lo e escutá-lo, pois este lugar especial terá menos ruído que o resto da casa, passando uma sensação de paz e harmonia, como se realmente fosse um lugar único, de vibração superior.
Invocação ou Chamado com Punhal: (exemplificando com punhal)
Pegue  o punhal ou objeto que tiver escolhido para traçar seu círculo mágico  dizendo: "Eu traço este círculo mágico, para me proteger no decorrer deste ritual que se iniciará. Eu peço aos seres superiores de luz, mestres e guias espirituais que estejam presente aqui comigo! Vá até o ponto norte , erga o Punhal e diga:
"Eu invoco os Guardiões das Torres de Observação do Norte, Os Elementais da Terra, para que estejam comigo neste ritual. Sejam bem vindos" Vá até o ponto leste, erga o Punhal e diga:
"Eu invoco os Guardiões das Torres de Observação do Leste, Os Elementais do ar, para que estejam comigo neste ritual. Sejam bem vindos".
Vá até o ponto sul, erga o Punhal e diga:
"Eu invoco os Guardiões das Torres de Observação do Sul, Os Elementais do fogo, para que estejam comigo neste ritual. Sejam bem vindos"
Vá até o ponto oeste, erga o Punhal e diga:
"Eu invoco os Guardiões das Torres de Observação do Oeste, Os Elementais da água, para que estejam comigo neste ritual Sejam bem vindos"
Deixar o Punhal sobre o altar, se dirigir até o ponto norte, elevar as mãos aos céus e dizer:
"Aquí estou acompanhada de seres de luz e amor, que venham juntos trazer força e poder à este ritual.  Que os Guardiões mantenham  afastados os inimigos e as energias que não sejam desejadas. Pelo poder do 3 vezes o 3, Que assim seja, E que assim se faça para o bem de todos!"
 
Desfazendo o Círculo Mágico: 
 
Pegue o Punhal e se dirija até o ponto norte erga-o, então diga:
"Eu agradeço aos Guardiões das Torres de observação do norte, Os Elementais da terra por terem vindo e compartilhado comigo deste ritual. Sigam em paz"
Vá até o ponto leste, erga o Punhal então diga:
"Eu agradeço aos Guardiões das Torres de observação do leste, Os Elementais do ar por terem vindo e compartilhado comigo deste ritual. Sigam em paz"
Vá até o ponto sul, erga o Punhal então diga:
"Eu agradeço aos Guardiões das Torres de observação do sul, Os Elementais do fogo por terem vindo e compartilhado comigo deste ritual. Sigam em paz"
Vá até o ponto oeste, erga o Punhal então diga:
"Eu agradeço aos Guardiões das Torres de observação do oeste, Os Elementais da água por terem vindo e compartilhado comigo deste ritual. Sigam em paz"
Volte-se novamente ao ponto norte, erga o Punhal e diga:
"Agradeço  aos seres superiores de luz, mestres e guias espirituais e a todas as energias que estiveram presentes comigo hoje. Retornem agora ao local do qual vieram! Sigam em paz!"
Ande em volta do círculo no sentido anti-horário por 3 vezes, dizendo:
"Com o Punhal te construí, Com o Punhal eu te desfaço, Pela força mágica do Punhal eu te abro. Que eu saia daqui, livre das doenças e insatisfações. Eu envio este círculo mágico novamente ao centro do Universo, para que ele esteja lá até o momento em seja necessário a sua proteção novamente. O círculo está aberto, mas não rompido. Feliz encontro, feliz partida e feliz encontro novamente. Pelo poder do 3 vezes o 3 , Que assim seja, E que assim se faça!"
Conselhos e Sugestões:
Acender uma vela branca, incensos ou colocar um copo com água limpa e fresca servem para absorver a energia negativa do lugar.
O Alecrim e o Cravo da Índia funcionam como purificadores ambientais, podendo ser usados ao natural, em incensários ou em forma de água de limpeza ou óleos aromatizadores. 
Faça seus rituais em horários que não terá que atender a porta, telefone ou ir ao banheiro.  
Um procedimento padrão é abrir o círculo (criar) fazendo o recorrido inicial no  ponto cardeal Norte (N-E-S-W-N) no sentido dos ponteiros do relógio. Depois que o ritual finaliza o círculo volta a ser aberto (desfeito) na direção inversa (N-W-S-E-N). 
O objetivo da repetição de atos visa estabelecer uma conexão cada vez mais profunda com o campo mágico, que é o lugar onde atua e se manifesta o nível de consciência superior e da vontade, desejo ou poder.

Fonte na net...

 
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Tudo que desejares a mim eu vos desejo em DOBRO!REDOBRADO! E TRIPLICADO! )0(