A majestade dos mares, Senhora da calunga grande (mar) também conhecida como Senhora da Coroa Estrelada ou Janaina (do tupi-africano) é a deusa do mar e protetora das mães e das esposas, representando a mãe que protege os filhos a qualquer custo, a mãe de vários filhos, ou vários peixes. Adora cuidar de crianças e animais domésticos. À ela também pertence a fecundidade e a proteção aos pescadores e jangadeiros.
A regência de Iemanjá em nossas vidas se manifesta naquela necessidade que temos de saber se aqueles que amamos estão bem, é a dor pela preocupação, é o amor ao próximo, principalmente em se tratando de um filho, filha, pai, mãe, outro parente ou amigo muito querido. É a preocupação e o desejo de ver aquele que amamos a salvo, sem problemas, é a manutenção da harmonia do lar.
Iemanjá é o Orixá que rege nossos lares, nossas casas. É ela quem dá o sentido da família às pessoas que vivem debaixo de um mesmo teto. Ela é a geradora do sentimento de amor ao seu ente querido, que vai dar sentido e personalidade ao grupo formado por pai, mãe e filhos tornando-os coesos. Rege as uniões, os aniversários, as festas de casamento, todas as comemorações familiares. É o sentido da união por laços consangüíneos ou não.
Num Terreiro, Iemanjá atua dando sentido ao grupo, à comunidade ali reunida e transformando essa convivência num ato familiar; criando raízes e dependência; proporcionando sentimento de irmão para irmão em pessoas que há bem pouco tempo não se conheciam; proporcionando também o sentimento de pai para filho ou de mãe
para filho e vice-versa, nos casos de relacionamento dos Babalorixás (Pais no Santo) ou Ialorixás (Mães no Santo) com os Filhos no Santo, portanto assim como Oxalá é o Pai da Umbanda e Princípio Gerador Masculino, Iemanjá é a Grande Mãe da Umbanda onde ao juntar-se com Oxalá complementam-se com seu Princípio Gerador Feminino.
No Brasil, Yemanjá é um orixá dos mais populares e reverenciados do Candomblé, Batuque, Xambá, Xangô do Nordeste, Omoloko, Umbanda e mesmo por fiéis de outras religiões.
Representa a mãe que protege os filhos a qualquer custo, a mãe de vários filhos, ou vários peixes, que adora cuidar de crianças. Na Umbanda, ela também recebe o título de Senhora da Coroa Estrelada. A tradicional Festa de Iemanjá no município de Salvador, capital da Bahia, tem lugar na praia do Rio Vermelho todo dia 2 de fevereiro.
Nesta data, todos os anos, milhares de baianos e turistas lotam as praias do Rio Vermelho para reverenciar Iemanjá.
A tradição começou em 1923, com um grupo de 25 pescadores, que ofereceram presentes, para agradar a Mãe D’Água, pois os peixes estavam escassos. Desde então, adeptos do candomblé, turistas e devotos formam filas imensas para colocar oferendas e pedidos nos balaios, que ficam na Casa do Peso.
No fim da tarde, um cortejo com 300 embarcações leva para alto-mar os balaios, carregados de presentes, pentes, espelhos, sabonetes, perfumes, flores e até jóias.
Tudo o que possa interessar a uma mulher vaidosa. Dizem os pescadores que, se os balaios não afundarem, é sinal de que Iemanjá não aceitou.
Data festiva: 2 de fevereiro ou 8 de dezembro
Saudação: Odôya (salve a senhora das águas)
Símbolo: Lua
Sincretismo religioso: Nossa Senhora das Candeias, Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora dos Navegantes
Cores: branco cristalino ou azul claro
Instrumento: Abebé, um leque em forma circular prateado que pode trazer um espelho no centro
Pedra: Diamante e Água marinha
Ervas principais: Jasmim, Araticum-da-praia, Folha-da-costa, Graviola, Capeba, Mãe-boa, Musgo marinho encontrado nas pedras marinhas, Alcaparra, Colônia, Pata de Vaca, Embaúba, Abebê, Jarrinha, Golfo, Rama de Leite, Rosa branca, Malva branca, Flor de laranjeira entre outras.
Oferendas: Canjica branca, peixe, arroz-doce com mel, acaçá, pudim, manjar com calda de ameixa ou de pêssego, mamão, graviola, uvas brancas, melancia, melão água de coco, mel, água salgada ou potável, champanhe clara e suco de suas próprias ervas e frutos, rosas e palmas brancas, angélicas, orquídeas, crisântemos brancos.
Ponto de força: Mar
Características dos Filhos de Iemanjá:
Iemanjá e Oxum se confundem com o Espírito Criador e muitas de suas características também se confundem. Representam a própria instituição da família, seus laços, suas dependências.
O Filho de Iemanjá é empreendedor, ativo, um pouco sovina.
Sonha com grandes progressos, embora, às vezes, de forma ingênua, não tenha idéia de proporção, exagerado em suas aspirações.
Raramente toma atitudes agressivas, excetuando-se, naturalmente, no plano familiar.
De temperamento dócil, sereno, pode também agitar-se por qualquer motivo.
Dificilmente consegue esquecer uma ofensa recebida e custa muito a depositar novamente confiança em quem haja lhe ferido ou magoado.
A mulher que é Filha de Iemanjá tem no marido e filhos seu principal objetivo.
Costuma ser muito exigente com os filhos, mas perdoa todas as suas faltas, não raramente, escondendo-as, para que as crianças não sejam punidas por mestres ou pais. Como uma fera, briga com quem quer que se interponha entre os filhos e o lar.
Também costuma ser desconfiada e não raro inferniza a vida do companheiro com ciúmes doentios.
Se necessário, ombreia-se com o marido para fazer frente às dificuldades da vida, dando tudo de si.
Exige muitas atenções e geralmente, embora realize com perfeição os deveres domésticos, parece não sentir grandes atrações para com a cozinha, a não ser no que diz respeito aos filhos.
O Filho de Iemanjá parece estar sempre lutando para galgar um lugar de destaque, qualquer que seja o empreendimento a que se dedique. É, por sua própria natureza, um lutador. Os Filhos de Iemanjá são profundamente emotivos, razão pela qual são chamados de chorões.
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