quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

As diversas visões de Lúcifer

Gregos e Romanos
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Lúcifer vêm do latim (lux + ferre) e é denominado muitas vezes como sendo a Estrela da Manhã. Sua primeira representação adotando este nome pode ser encontrada na Roma Antiga, onde originalmente era utilizado para denominar o planeta Vênus quando este anunciava o nascimento do Sol. Porém esta idéia de um Deus da Luz associado com a Estrela da Manhã ao invés da Aurora data de uma época muito mais remota, sendo utilizada por Sócrates e Platão. Segundo a Edith Hamilton's Mythology, encontramos nesta idéia um Deus da Luz que estava justaposto com Hélios (o Sol) e Hermes.
Como um arquétipo, Lúcifer era considerado na Mitologia Romana como sendo o filho de Astraeus e Aurora, ou de Cephalus e Aurora. Para os gregos o planeta é simbolizado por dois irmãos: Eósforo e Héspero. Ele é o pai de Ceyx, Daedalion e das Hésperides. Ceyx era um rei justo cuja beleza dizia-se ser quase equivalente a de seu próprio pai. As Hésperides eram as guardiãs das maçãs-de-ouro que Juno ganhou de presente de casamento, sendo auxiliadas pelo Dragão. Lúcifer é "o belo gênio dos cachos dourados, cantado e glorificado em todo antigo epitalâmio; é ele que, ao cair da noite, conduz o cortège nupcial e entrega a noiva nos braços do noivo" (Carmen Nuptiale; ver Mythol. de 1a Grèce Antique, Decharme) como citado na primeira edição da revista Lucifer. Os epitalâmios são antigos cantos nupciais, utilizados originalmente não apenas pelos gregos pagãos, mas também pelos primeiros cristãos, mais um fato que comprova que originalmente Lúcifer não era considerado o inimigo do deus do cristianismo e dos homens.
Eósforo (ou Phosphoros) é a brilhante Estrela da Manhã, enquanto Héspero (ou Vesper, Nocturnus, Noctifer) é o nome dado a Vênus quando este surge lançando sua luz no anoitecer. Na Ilíada encontramos passagens se referindo a estes dois irmãos, nas quais Phosphoros, quando surge das águas do Oceano, anuncia a aproximação da luz divina, enquanto Héspero é considerado durante o anoitecer a mais esplêndida de todas as estrelas que brilham no céu.
A visão sobre Lúcifer ser o libertador da humanidade, um rebelde corajoso que traz aos homens a sabedoria dos Deuses, e por isso sofre os tormentos provocados pela ira de Deus (preferindo agüentá-los a se submeter a uma regra despótica) possui muitas influências do mito grego de Prometeu.
Prometeu era um dos Titãs. Ele e seu irmão Epimeteu se tornaram os responsáveis pela criação do homem não apenas em sua forma física, mas também em suas habilidades. Tendo Epimeteu gasto todos seus recursos nos outros animais, ao chegar no homem não sabia o que lhe dar de especial, pois o homem deveria ser superior a todos os outros animais. Ao recorrer a Prometeu este com a ajuda de Minerva, por quem era protegido, subiu aos céus de onde trouxe aos homens o fogo em uma tocha acesa no carro do sol. Júpiter se irou por Prometeu ter furtado o fogo do céu, e como castigo, mandou acorrentá-lo em um rochedo do Cáucaso, sendo seu fígado todo dia devorado por um abutre. Thomas Bulfinch escreve em "O Livro de Ouro da Mitologia" : " Esta tortura poderia terminar a qualquer momento, se Prometeu se resignasse, a submeter-se ao seu opressor, pois era senhor de um segredo do qual dependia a estabilidade do trono de Jove e, se o tivesse revelado, imediatamente teria obtido a graça. Não se rebaixou a fazê-lo, porém. Tornou-se, assim, símbolo da abnegada resistência a um sofrimento imerecido e da força de vontade de resistir à opressão." O fogo roubado por Prometeu não é o fogo físico; muito mais que isso, creio que o mito se refere ao "fogo da mente", que permitiu ao homem se libertar e conduzir sua vida por si mesmo; o "fogo dos deuses" que possuímos para tornar-nos o próprio deus.
Pode-se traçar também uma semelhança com Apolo, o Deus-Sol. Esta teoria se baseia em seu título de Portador da Luz, tradução literal de seu nome, o que pode associá-lo na cabala a Tiphareth, a Sephirah do Sol, enquanto que sendo a Estrela da Manhã ele é associado a Netzach, a Sephirah de Vênus. Em Tiphareth ocorre a primeira das grandes iniciações ao significado do Ser superior. Tiphareth se localiza no centro da Árvore da Vida, e em sua direção fluem os poderes das demais Sephiroth. Outro ponto que o relaciona a Tiphareth é o vício desta Sephirah, o orgulho. Como será discutido mais adiante, este é o pecado de Lúcifer na visão de algumas religiões, o que teria afastado-o da graça de Deus.
Outro ponto que a vêm reforçar é o mito de Aradia. Aradia é considerada filha de Diana e Lúcifer, gerada através de um ato de incesto. Na mitologia grega, o irmão de Diana é Apolo, que dentre outros atributos, possui como característica marcante sua beleza, assim como Vênus, deixando bem clara a associação entre ambos.
Cristianismo & Judaísmo 

Este será um tópico extenso, por se tratar de uma filosofia mais presente e atuante nos dias de hoje, o cristianismo, o qual incorpora diretamente o nome de Lúcifer em seus dogmas.
Os cristãos corromperam a imagem do Lúcifer romano, tornando-o líder dos anjos caídos. O nome Lúcifer não é encontrado em nenhum livro da bíblia cristã. Esta relação surgiu mais tarde, vindo com a invasão de povos europeus e miscigenação de raças. Mais que uma tradução errada, é uma invenção dizer-se que ele encontra-se na bíblia original. A própria menção a um ser que pode até se transformar em um "anjo de luz" (2 Corintios 11:14), ou de um leão que ruge e devora (1 Pedro 5:8) é apresentada apenas a partir do novo testamento. Como será visto, na Torah (bíblia hebraica que nada mais é do que os cinco primeiros livros de qualquer bíblia cristã) não há o conceito de Lúcifer como mal personificado, e sim de acusador.
Não há como não se lembrar o que dois respeitáveis ocultistas comentam sobre esta corrupção. Segundo Blavatsky: "De fato, todo o mundo sideral, os planetas e seus regentes -- os deuses antigos do paganismo poético -- o sol, a lua, os elementos e toda a hoste de mundos incalculáveis -- pelo menos os que eram conhecidos pelos Pais da Igreja -- compartilharam a mesma sorte. Todos foram difamados e endemoniados pelo insaciável desejo de provar um insignificante sistema teológico -- construído a partir de antigos materiais pagãos -- como sendo o único correto e sagrado, estando todos os que o precederam ou seguiram completamente errados. Nos pedem para acreditar que o sol, as estrelas e o próprio ar tornaram-se puros e "redimidos" do pecado original e do elemento satânico do paganismo somente após o ano I d.C." [Lucifer, Vol. I, No 1, Setembro, 1887] . Kenneth Grant complementa esta visão: "O enlameamento e a destruição literais dos símbolos antigos nas Catacumbas em nada é comparado com o iconoclasmo sistemático que esteve operante durante séculos nos santuários secretos do Judaísmo e da Cristandade, onde documentos eram destruídos, textos mutilados e deliberadamente distorcidos para abrir caminho para o Culto desta suprema anomalia na história das religiões - um "Salvador" histórico que morreu e ressuscitou na carne" [The revival of Magick, 1969].
Realmente não há como negar que a igreja para combater as antigas religiões pagãs, distorceu os deuses antigos, convertendo-os em inimigos, em demônios que atentavam contra a felicidade humana. Que maneira seria mais simples para a solidificação de uma idéia do que a imposição pelo medo? Que maneira mais fácil de se acabar com as festividades pagãs do que torná-las pecaminosas? Todos que iam contra as idéias da Igreja eram considerados hereges. As pessoas começaram a temer pensar, questionar idéias, e por incrível que pareça, centenas de anos depois, ainda por medo, só que agora do inferno ou por pura acomodação, fecham seus olhos para sua realidade, descartando sua auto-realização neste plano. Alguns demônios cristãos foram criados nada mais sendo do que reflexos do nosso lado animal, que muitos tentam ocultar, lutar contra ele, sem perceberem e aceitarem que este faz parte de todos nós. A ira, a luxúria, a ambição entre tantos sentimentos que pertencem a este lado, são tão necessários aos homens quanto o amor e a compreensão. Somos senhores de nossa própria Vontade, e por isso, aqui e agora, somos nós quem devemos nos utilizar dela para atingir nossos objetivos. Como? Através do desenvolvimento de nosso potencial interior, que apenas se encontra adormecido.
O diabo foi uma invenção cristã construída a partir de antigos mitos pagãos, em especial Babilônicos e Caanitas já distorcidos anteriormente pelos judeus. A palavra grega diabolos, usada como nome e adjetivo, veio do grego diaballein que significa "caluniador", e é usada como tradução do termo hebraico hassatan (o acusador ou adversário) no Antigo Testamento. No Novo Testamento a mesma palavra grega é utilizada como sinônimo do termo menos freqüente satan ou satanas. Não podemos nos esquecer que o Antigo Testamento foi escrito em hebraico e o Novo Testamento em grego, por isso o uso destas duas palavras equivalentes. Citarei apenas alguns destes deuses utilizados para construir o diabo cristão entre tantos outros existentes:
· Abaddon, ou o Destruidor era governador do Sheol, um local destinado a ser a morada dos mortos. Ao contrário do inferno cristão, porém, este não era um local onde eram aplicadas penas aos mortos pelo que fizeram de errado em vida, e muito menos um local de tortura e sofrimento.
· Ashtart, deidade Fenícia, equivalente a Ishtar babilônica, deusa da guerra e do amor, e das colheitas. Associada também a Estrela da Manhã. Tornou-se um demônio cristão, Astaroth, sendo também citado pelos judeus com o sentido de legião em seus escritos.
· Belzebu (Mateus 12:24) ou o Senhor das Moscas é a corrupção de Baal-Zebul, originalmente uma deidade fenícia, que significa "Príncipe Baal". Os Baals, que significa Mestres ou Senhores, eram adorados pelos Caanitas e por isso foram transformados em demônios.
Mais tarde, com a influência de novas culturas, os demônios foram aumentando em número, e a representação de sua imagem também. A clássica imagem do diabo como um ser que possui chifres e pés de bode é nitidamente uma referência ao deus Pã, cujo culto era amplamente disseminado e deveria por isso ser exterminado para a aceitação do novo dogma a ser imposto. O mesmo aconteceu com outros deuses pagãos, mas nenhum nome foi tão difamado como o de Lúcifer e Shaitan. Uma citação importante sobre a formação da concepção do diabo cristão pode ser encontrado no "The Devil's Biography": "O Novo Testamento clama que Deus é a origem de tudo que é bom, e que o Céu é a recompensa por seguir as suas leis. Mas aquilo não era suficiente para trazer as pessoas para a igreja e fazê-las retornar. Os primeiros cristãos procuravam uma força opositora, um demônio que poderia ser a origem do pecado que resultaria em condenação eterna nos tormentos do inferno e de onde apenas eles (os cristãos) poderiam nos salvar. O problema era, não existia nenhum para que eles pudessem proclamar sua autenticidade bíblica. Se eles quisessem um demônio assustador, dotado de grande poder, real, que poderia governar o inferno eternamente punindo aqueles que desafiaram Deus e seus sacerdotes, eles teriam que criá-lo e fazê-lo de uma forma que ele poderia finalmente parecer ter algum tipo de validade bíblica. E isto era um problema, pois os judeus do Antigo Testamento não acreditavam em eterna vingança ou punição depois da morte."
Os cristãos alegam que Lúcifer é citado em Isaías 14:12-14:
"Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como fostes lançado por terra, tu que debilitavas as nações! Tu dizias em teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte; subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo."
Lúcifer é uma palavra latina, e jamais poderia aparecer em um escrito hebraico datado de uma época em que o Latim não existia ainda como linguagem. No original hebraico desta passagem encontramos "heleyl, ben shahar", que quer dizer "brilhante, filho da manhã", e se referia ao rei da Babilônia Nabucodonosor, embora alguns autores afirmem que também poderia se referir ao rei Tiglath-pilneser. Este termo, ao ser traduzido para o latim vulgar foi traduzido como Lúcifer, a antiga representação romana da Estrela da Manhã. O fato é que o contexto da passagem completa deste texto deixa bem claro que ele não se refere a nenhum demônio, ou anjo caído da graça de Deus, mas sim a um rei humano como pode ser visto em Isaías 14:4-5 e 14: 16-20:
"...então proferirás este motejo contra o rei da Babilônia e dirás: Como cessou o opressor! Como terminou a tirania! Quebrou o Senhor a vara dos perversos e o cetro dos dominadores". "Os que te virem te contemplarão, hão de fitar-te e dizer-te: É este o homem que fazia estremecer a terra e tremer os reinos? Que punha o mundo como um deserto e assolava as suas cidades? Que a seus cativos não deixava ir para casa? Todos os reis das nações, sim, todos eles jazem com honra, cada um no seu túmulo. Mas tu és lançado fora de tua sepultura, como um renovo bastardo, coberto de mortos transpassados à espada, cujo cadáver desce a cova e é pisado de pedras."
Esta passagem mostra claramente a queda deste rei, ou seja, sua morte, e o desprezo com que ele seria recebido pelos mortos no Sheol. Como dito anteriormente não encontramos em nenhum livro do antigo testamento a idéia de demônios como sendo seres que governam sobre o inferno ou que eram dotados da função de punir os infiéis após a morte. Eles são vistos no misticismo hebraico como sendo descendentes de Lilith, primeira mulher de Adão, e como capazes de causar doenças e possuir corpos, mas nunca como seres capazes de fazer com que o homem seja tentado a cometer o mal. Podemos encontrar a idéia de anjos se rebelando contra Deus e sendo precipitados no apócrifo judeu "O livro de Enoch", utilizado mais tarde pelos sacerdotes para sua concepção de demônio. Outra evidência de que o nome Lúcifer não era originalmente associado ao demônio é a existência de um bispo cristão de Cagliari no século IV ou V que se chamava Lúcifer. A partir apenas do século XIII os hereges foram chamados de Luciferianos.
A própria criação de Satã como um acusador, e por isso inimigo do homem, veio da necessidade do povo judeu de um ser que explicaria as coisas de mal que aconteciam com seu povo, já que acreditavam em um Deus todo-amor. Assim, Satã é aquele que testa o homem, na maioria das vezes a fidelidade do homem a Deus, porém com o consentimento e por pedido deste último. Os primeiros dois capítulos do livro de Jó exibem claramente esta função designada por Satã. Nele Satã expõe para Deus sua idéia a respeito dos homens, dizendo que estes seriam tementes ao Senhor até o momento em que calamidades ocorressem com eles, quando então passariam a blasfemar contra Deus. Deus, tendo opinião contrária, coloca tudo que Jó possuía nas mãos de Satã, para que este pudesse prová-lo em sua fé. Está claro que Satã é um agente de Deus, não um rival e inimigo deste no Antigo Testamento. Por esta permissão dada por Deus, Jó sofreu terríveis tormentos e muitos inocentes foram mortos, apenas para que Deus provasse seu ponto de vista, demonstrando sua natureza egocêntrica, curiosamente um sentimento tão combatido pelos cristãos.
Perante estes fatos volta a velha indagação a respeito da idéia de Lúcifer como um anjo caído: Se no Antigo Testamento Deus destruiu a humanidade por esta decepcionar-lhe, por que não destruiu o anjo responsável pela revolta que mudou seus planos para o destino do homem, já que faria tudo para afastá-los de Deus? Afinal, ambos possuíam livre arbítrio.... e Deus deveria aplicar o mesmo castigo a ambos.
Características bíblicas de Lúcifer 

Segundo os cristãos, as representações bíblicas do diabo são três: a de uma serpente (Apocalipse 12:9), a de um Dragão (Apocalipse 12:3) e a de um Anjo de Luz (2 Coríntios 11:14). Curiosamente as duas primeiras, que são equivalentes, são a representação da sabedoria e da vida eterna, presente e adorada inicialmente em todas as regiões do mundo, como será melhor comentado na seção “Influências Luciferianas”. Lúcifer antes de sua queda pertencia à ordem angelical dos querubins (Ezequiel 28:14) e era a mais exaltada das criaturas angelicais (Ezequiel 28:12). Porém, ao deixar sua grandeza e beleza tomarem conta de seu coração, quis se igualar a Deus, o que foi seu grande pecado. Seus privilégios anteriores à queda podem ser encontrados em Ezequiel 28:11-15 e “dados” sobre sua suposta queda em Ezequiel 28:16-18 e Isaias 14:12-20 (já citado anteriormente).
Para aqueles que desconhecem a Angelologia, convém esclarecer que os anjos se dividem em três grandes classes, ou ordens, que são subdivididas novamente em três partes cada. Os querubins pertencem à Primeira Ordem e ao segundo coro desta. A primeira ordem é aquela que estaria mais próxima de Deus, e é se utilizando desta afirmação que os cristãos justificam a condenação eterna à qual Lúcifer foi submetido. Segundo eles, por Lúcifer viver anteriormente na presença de Deus, Ele o conhecia o suficiente para jamais poder ter se rebelado contra seu criador, ao contrário dos homens, que por isso tiveram a oportunidade de novamente voltarem à comunhão com Deus após o pecado original, através de sua submissão total à vontade de Deus e através do sacrifício de Cristo. Estranho fato este do livre arbítrio, no qual há apenas dois caminhos: o da submissão e conseqüente salvação, e o da independência e livre Vontade, e conseqüente danação. Seria realmente um livre arbítrio? Qual homem em sua sanidade escolheria o pior para si, se realmente acreditasse nisso? Parece mais que o “Deus” da cristandade não conseguiu mais controlar sua própria criação, quando esta descobriu através dos ensinamentos da serpente que podia alcançá-lo, e até mesmo, transcendê-lo. Esta não é uma idéia difícil de ser ilustrada se consultarmos a cabala. Na cabala podemos encontrar o demiurgo na Sephirah Chesed, a quarta esfera da Árvore da Vida. Sendo assim, ao se passar por Chesed, ainda há outra Sephiroth para se alcançar: Binah, Chockmah e Kether, ou seja, é possível de transcendê-lo, e em larga escala. A própria serpente, considerada derrotada, encontra-se acima do Demiurgo, em Chockmah. Como pôde ser visto, é um mito que guarda oculto em si mesmo a chave de sua própria contradição e destruição, conseqüência de uma invenção sórdida e sem nenhum fundamento. Está mais claro do que nunca nos dias de hoje a verdadeira função e propósito da crença cristã, não sendo necessário comentá-lo mais aqui: quem possui olhos para enxergar, que veja por si mesmo.
Um dado interessante que encontramos na Bíblia e que também nos remete ao simbolismo de Lúcifer no ocultismo se encontra em Efésios 2:2. Neste versículo encontramos Lúcifer sendo considerado como o Príncipe da potestade do ar. Quem conhece as associações dos quatro príncipes no satanismo não sentirá dificuldade de lembrar-se que Lúcifer correspondendo ao Leste é associado ao elemento ar.
Outro tópico que nos interessa, mas que será discutido separadamente a seguir é a demonologia, e os diferentes papéis e representações que Lúcifer possui nela.
 Islamismo & Yezidismo
Segundo o Qur’na, base da fé islâmica, Iblis ou Shaitan não é um anjo caído (como aceito no cristianismo), nem um agente de Deus (como aceito no judaísmo). No islamismo Iblis é um dos Jinni, o qual através de seu livre arbítrio preferiu desobedecer à ordem de Allah (Deus) do que se prostar diante de Adão (os homens), um ser inferior criado do barro enquanto ele fora criado do fogo. Mais uma vez o pecado aqui retratado é o orgulho de Iblis, como pode ser confirmado nos seguintes versos:
Surah Araf (7: 11-18)
“Fomos nós quem criamos você. E te demos forma: Então nós ordenamos aos anjos, Prostem-se diante de Adão e eles se prostaram, com exceção de Iblis; Ele se recusou a pertencer àqueles que se prostaram”.
(Allah) disse: “O que te impediu de se prostar quando eu te ordenei?”. Ele disse: “Eu sou melhor do que ele: Tu me criaste do fogo, e ele do barro.”
(Allah) disse: “Que você se rebaixe por isto: não é para você ser arrogante aqui: saia”.
Ele (Iblis) disse: “Me dê o tempo até que eles sejam elevados”.
(Allah) disse: “Esteja você entre aqueles que tem este tempo”.
Ele (Iblis) disse: “Porque tu me tiraste (do caminho), Oh! Eu irei esperar por eles em Teu estreito caminho”:
“Então Eu irei abordá-los por frente e por trás, à sua direita e à sua esquerda: Tu não irás achar, na maioria deles, reconhecimento (por Tua piedade).”
Iblis, ao se rebelar contra a vontade de Allah, se tornou merecedor do nome Al-Shaitaan e foi expulso da corte de Deus. Ele teria recebido uma punição imediatamente, mas pediu um adiamento até o Dia do Juízo. Embora Iblis jure vingança ao homem (por este ter sido o responsável pela sua expulsão), se tornado seu inimigo e prometido dividir seu destino com eles, ele não possui nenhuma autoridade sobre os homens, ao contrário do demônio cristão, dotado de extremo poder sobre a humanidade, com exceção dos cristãos (Mateus 4:24).
Sendo um Jinn Iblis tem o poder de criar ilusões para desviar os homens do caminho do sucesso eterno. Allah adverte a Iblis que isso irá causar sua precipitação ao inferno, junto com todos aqueles que forem desviados. Para proteger seus fiéis, porém, Allah manda anjos guardarem-nos. Sendo assim, Iblis apenas pode sugerir o mal aos homens, mas sendo estes dotados da escolha entre o bem e o mal, são os únicos responsáveis pelo caminho que seguirão. Nenhum ser pode forçá-los a fazer a escolha errada.
Shaitan e Iblis também são nomes utilizados por outra cultura: a dos Yezidi.
Os Yezidi (Yazidi, Yasdâni, Izadi) atualmente habitam regiões no norte do Iraque, nos arredores da cidade de Mosul, e pequenas comunidades localizadas na Síria, no sudeste da Turquia e no Irã.
A origem da palavra “Yezidi” ainda é muito discutida. Algumas hipóteses seriam que a palavra Yezidi se originou da palavra persa “îzed” que significa “anjo”, ou que é derivada de “yezad”, um termo da antiga linguagem iraniana que possui o mesmo significado, demonstrando a grande importância que a figura dos anjos ocupa na religião Yezidi, em especial Malak Ta’us.
Os Yezidi possuem duas escrituras sagradas, o Mes'haf i Resh (Livro Negro) e o Kitab el-Jelwa (Livro das Revelações). Em ambas Malak Ta’us (também chamado Shaitan, Melek Tawus, Azazil, Iblis e Ta'usi-Melek) se revela como um ser divino que rege sobre todos os outros seres divinos e sobre todas as criaturas do mundo, inclusive os seres humanos, o que pode ser constatado nos seguintes trechos: “No início Deus criou a Pérola Branca de sua mais preciosa essência; e Ele criou um pássaro chamado Anfar. E Ele colocou a pérola em suas costas, e lá habitou quatrocentos mil anos. No primeiro dia (da Criação), Domingo, Ele criou um anjo chamado Azâzil, que é Malak Tâwus (anjo pavão), o chefe de tudo...”; “Eu (Malak Tâwus) era, e sou agora, e continuarei a ser pela eternidade, governando sobre todas as criaturas...”.
Na crença Yezidi, Malak Ta’us foi o primeiro dos sete anjos emanados de Yazdan (o Deus Supremo), sendo os nomes dos outros seis: Dardâ´îl, Ishrâfâ´îl, Mikail, ‘Izrâ´îl, Samnâ´îl e Nûrâ´îl. Os Yezidi adoram Malak Ta’us ao invés do Ser Supremo por acreditarem que este não é mais uma força ativa: ele é o Senhor do Céu, o criador, que após criar a Terra não se importou mais com ela, deixando-a para Malak Ta’us governar. Sendo assim, Malak Ta’us é a representação da força ativa que age na Terra, é o Senhor do Mundo, e é a ele que devem se dirigir orações.
Por esta adoração ao anjo pavão, que também é chamado de Shaitan, os Yezidi são considerados por muitos como “Adoradores do Demônio”. Esta associação foi ajudada pelo fato de Malak Ta’us ter sido um anjo que caiu da graça de Deus por se recusar a se rebaixar perante Adão, como Deus havia pedido, mas ao contrário da mitologia cristã de Lúcifer e da mitologia islâmica de Iblis, ele foi perdoado através de seu arrependimento e recobrou sua posição original. Por isso os Yezidi afirmam que deve haver uma restauração assim como uma queda.
O Yezidismo não acredita em inferno. Em sua visão Malak Ta’us encheu sete jarros de lágrimas durante sua queda, que durou sete mil anos, e estas lágrimas extinguiram o fogo do inferno, ou serão usadas para extinguí-lo no final dos tempos. Malak Ta’us é um representante de Deus e não um Deus perverso. Malak Ta’us possui características duais dentro de si. Ele pode ser tanto o fogo que aquece como o que incendeia. Simultaneamente, todos nós humanos temos uma mistura destas duas forças: o bem e o mal. Todos possuímos Malak Ta’us dentro de nós.
Malak Ta’us é adorado na forma de uma escultura de bronze de pavão, denominado Anzal, “O Antigo”. Esta escultura é trazida para os adoradores na celebração anual mais importante da religião, que tem duração de sete dias, celebrada de 6 a 13 de outubro em Lâlish, ao norte de Mosul. Ela coincide com a antiga festa de Mithrâkân, que comemorava a criação do mundo por Mithra, o deus-sol.
A segunda festa mais importante é a comemoração do nascimento de Yezid, o suposto fundador do Yezidismo, podendo ser até mesmo o segundo maior Avatar do Deus Supremo, logo após Malak Ta’us. É uma festa de três dias, comemorada perto do solstício de verão (hemisfério sul)/inverno (hemisfério norte). Curiosamente esta data também pode ser comparada com o nascimento mítico de Mithra, celebrada no dia 25 de dezembro.
Egípcios 
No Livro dos Mortos encontramos o seguinte capítulo: "E Osiris Ani, do qual a palavra é a verdade, disse: Eu sou a serpente Sata cujos anos são infinitos. Eu descanso morto. Eu estou renascendo todos os dias. Eu sou a serpente Sa-en-ta, a habitante das extremas partes da Terra. Eu descanso na morte. Eu sou nascido, eu me torno novo, eu rejuvenesço todos os dias".
Não vai ser difícil para o atento leitor perceber o porque da correspondência entre a serpente egípcia Sata com Lúcifer. Pudemos analisar na mitologia greco-romana um equivalente perfeito com a menção acima: Vênus em seu percurso, "renascendo" a cada anoitecer, e "morrendo" a cada amanhecer. Sata é o deus egípcio consorte de Sati (também chamada Setet). Barbara G. Walker possui em sua obra, The Women's Encyclopedia of Myths and Secrets, uma passagem muito interessante a este respeito: "Os primeiros egípcios chamavam-no de a Grande Serpente Sata, Filho da Terra, imortal porque se regenerava todos os dias no útero da deusa. Um homem poderia se tornar imortal, como Sata, repetindo orações que o identificassem com o deus...". Podemos encontrar aqui a nítida idéia de que para o homem se tornar um deus, deve contemplá-lo em si mesmo.
Sata também é considerado por alguns autores como um outro nome para o deus Set. Um ponto de equivalência entre ambos está no seguinte tópico: devemos lembrar que o correspondente de Set na Terra é o Falo, e a própria serpente, imagem de Sata, é um símbolo nitidamente fálico. Set é considerado como o arquétipo da consciência de si isolada, e talvez justamente por este motivo os períodos de maior popularidade do deus Set coincidiram com as épocas de maior desenvolvimento do Egito em todas as áreas. Set, porém, é representado celestialmente por Sírius ou Sóthis, a Estrela-Cão, ao contrário de Sata, representado por Vênus.
Representação do deus Seth
 
Set, por sua vez, foi transformado em Shaitan por seus adoradores que o levaram até a Suméria. Como citado por Grant, a invocação a Shaitan é realizada direcionada para o norte geográfico, pois embora ele seja considerado o Deus do Sul, no equinócio de inverno o Sol se volta em direção ao norte ao entrar na Constelação de Capricórnio, o que coincidentemente ocorre na religião Yezidi, sendo Shaitan adorado ao norte. Este fato nos mostra a influência da fonte original nesta filosofia, apesar de aparentemente ambas serem muito diferentes.
Mais uma vez, como todos os chamados demônios, os judeus e cristãos mudaram seu nome para Satã, e foi através destes que Shaitan se tornou um ser existente rival dos humanos. Porém, as origens e os propósitos deste nome nos é suficiente para entender o seu verdadeiro significado.
Espíritas 
A filosofia espírita está baseada na idéia da evolução como necessária para o alcance da sublimação. Esta evolução apenas pode ser alcançada através da conquista pessoal de cada um, e para isso existe um ciclo de reencarnações sucessivas que permitem aos espíritos se aprimorarem, corrigindo erros passados e conquistando novos méritos para serem somados à sua trajetória. Sendo assim, existem diversos graus de evolução nos quais os espíritos se encontram, sendo que mesmo o mais evoluído alguma vez já teve que passar por diversos níveis inferiores, os quais superou por suas ações.
Sob esta ótica é impossível pensar na existência de demônios como seres eternamente condenados à maldade e à perdição. Os espíritas acreditam na existência de espíritos "demoníacos", cujas características são conseqüências de seu livre arbítrio e atual grau evolutivo, que porém não é eterno. A evolução pode demorar mais para alguns do que para outros (justamente pela existência do livre-arbítrio), mas é inevitável para todos. Tudo que vivemos e aprendemos não pode ser perdido. Desde a criação então até alcançarmos o grau máximo de evolução, sempre voltamos com alguma característica mais aprimorada adquirida durante nossa experiência anterior, o que nos auxilia na conquista de novas.
Qual seria então a visão sobre Lúcifer desta filosofia? Os espíritas não aceitam a visão cristã de Lúcifer por vários motivos, todos diretamente envolvidos com o que já foi dito acima. Milled Assed, em seu livro "Ovo de Colombo", nos explica com maiores detalhes: "Pelo exposto acima, dá para sentir que a luz com que Lúcifer fora dotado graciosamente pelo Senhor de nada valera. Certamente porque não se tratava de uma conquista pessoal.
Sem o resguardo do esforço próprio em obediência a Lei dos méritos conferidos pela Evolução somos obrigados , sem outra alternativa admitir que a luz concedida por Deus a Lúcifer era falsa. Sendo falsa a luz de Lúcifer e seus asseclas (anjos) , daí perguntarmos se os anjos, arcanjos, querubins e serafins, teriam sido agraciados, também, com o mesmo tipo de luz que o Senhor dotara Lúcifer . Se assim for, é bem provável que o "Reino dos Céus" esteja sujeito a uma nova debandada ou revolta . Admitindo a hipótese que Deus houvera dotado de Luz a qualquer entidade, esta Luz , jamais permitiria ao seu portador qualquer espécie de sentimento inferior e muito menos apagar-se-ia como o acionar de um interruptor qualquer. O agraciamento de Deus , jamais seria provisório."
A permissão da existência de um reinado oposto ao de deus, segundo o mesmo autor, só foi possível através da criação da mente humana, ainda imperfeita e muitas vezes infantil e maldosa. Realmente podemos ver nesta idéia a criação de um deus mais a semelhança do homem do que um homem criado a semelhança de deus, talvez para que a humanidade pudesse se sentir mais próxima e íntima dele. O fato é que, como comentado anteriormente, não haveria problema algum nesta idéia de deuses com características humanas, utilizada em larga escala pelas antigas religiões pagãs, se não fosse o mau uso dado a ela pelas grandes religiões monoteístas.

PAX DEORUM


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Tudo que desejares a mim eu vos desejo em DOBRO!REDOBRADO! E TRIPLICADO! )0(

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

PREVISÃO PARA O GOVERNO DA NOVA PRESIDENTA DILMA!

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Vamos lá, assim como a Lena resolvi abrir minhas cartas para saber um pouquinho sobre o governo da Dilma, o nosso colega da lista Templo de Afrodite , Evandro , me lembrou muito bem ao dizer que nossas listas não estão para debates políticos, porém eu "tadinha" de mim que nada entendo de política, rsrs resolvi falar do assunto, uma vez que diz respeito ao futuro de nossa nação, é nosso pais e devemos nos preocupar sim com quem está governando, aliás mudando só um pouquinho de assunto quem ainda não assistiu ao Bope 2 eu recomendo
Vamos a minha analise de jogo sobre o governo da Dilma:

Carta que vem no positivo: Papa e justiça ( Ela irá tentar cumprir com suas promeças , será benevolênte e justa.

No contra: A Lua ( medos, ilusões e mentiras )

carta de cabeça o que é correto a fazer: O Sol ( Carta de Sucesso e esclarecimentos )

Minhas duas cartas adicionais: A Papisa e a Imperatriz ( aqui mostra nascimento de novas idéias, fecundidade, paz , bom senso , prosperidade )

Sintese : A Torre de Babel, ( desentendimentos, rupturas necessárias para que haja uma mudança, libertação. )

A próxima jogada, Como será o Governo da Dilma?

Na Síntese da questão - O Imperador com o 3 de Copas
Na cabeça- Mago com 6 de Paus
Obstáculos- Os Enamorados com 3 de Espadas
Futuro Próximo- Julgamento com 4 de Paus
Desfecho da questão- Imperatriz com Ás de copas

Minha analise:

Ela irá comandar com autoritarismo, e mão de ferro, irá se impor, alguns problemas se resolverão de forma satisfatória. Dedicação , porém terá de ceder a algum "concorrente", terá de ceder um pouco de sua posição para se adaptar à nova situação, obtenção de recursos...
Na casa dos obstáculos- Talvezzzzzz!!!!! Ela esteja esgotada no PRESENTE momento. Vá romper algum acordo feito... Com o Três de espadas anuncia ERRO de julgamento ou um ESQUECIMENTO, capaz de criar sérias implicações no futuro...

Futuro- É OBVIO que ela está cercada de CORRUPTOS!!!!!!! E terá de dançar conforme a música ou ela mesma poderá acabar dançando
Poderá se ligar ou está ligada a pessoas desonestas com as quais terá de saber lidar, se fazendo de "amiga", isso não significa necessariamente que ela seja igual a essas pessoas, aos poucos ela irá separá o Joio do trigo.

Futuro- Haverá por fim um período de paz e calmaria, digamos que a Dilma vai levantar a poeira, para depois colocar as coisas em ordem, ai sim no FUTURO, virá a fecundidade, nascimento de uma nova fase , marcada pelo bom senso e pela razão.

Então vamos aguardar para ver se isso se cumpre ou se eu estou enganada, nem tudo será flores no governo dela, como disse e repito segundo a minha analise ela está cercada de lobos a volta dela e terá de saber lidar com essa situação, de forma diplomática , mas será firme e forte, haverá alguma promeça ai não cumprida, não sei se em relação ao povo ou a algum político que esteve ao lado dela nessa campanha, mas isso irá gerar uma ruptura que irá abalar a Torre!

Sarah Crow

domingo, 24 de outubro de 2010

Rosas, Prostitutas, Santas e Princesas: Expressões da Feminilidade

Rosas, Prostitutas, Santas e Princesas: Expressões da Feminilidade


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Imagem: A Bela e a Fera de Anne Anderson


A Rosa é a flor mais presente nos Contos de Fada, seja como figura de fundo ou como elemento essencial à história. Podemos encontrar a Rosa em contos como “As Fadas (Sapos e Diamantes)”, “A Bela e a Fera”, “A Bela Adormecida no Bosque”, “Rapunzel”, “A Pequena Polegarzinha” e muitos outros. Em geral, nos contos em que a Rosa aparece a protagonista é uma jovem mulher, uma donzela prestes a ser “descoberta” pelo olhar/desejo masculino. A moça em questão é, quase sempre, cheia de potencialidades das quais ela mesma não tem consciência. É o encontro com o outro – com o Masculino – que a faz perceber o seu valor como mulher. Em todos esses contos a beleza, a sedução, a paixão e o encantamento são o mote da estória.

Para entendermos o porque disso – o porque de a Rosa estar associada a esse despertar consciente para o potencial feminino de seduzir e encantar –, precisamos retomar o significado simbólico da Rosa na cultura ocidental. Durante a Idade Média os estudos alquímicos associavam a Rosa ao órgão sexual feminino. Diversos registros poéticos, literários, folclóricos e artísticos da época oferecem essa analogia, sendo que essa aponta para as características físicas da flor, podendo-se destacar o tom encarnado da Rosa vermelha, que é a mais comum. Interessante lembrarmos que a cor vermelha é, historicamente e simbolicamente, associada ao feminino em função da relação entre o sangue e as funções características do corpo da mulher: a menstruação e o parto. Outras características utilizadas simbolicamente para aproximar a Rosa e o órgão sexual feminino seriam: a textura aveludada/macia e a carnosidade de suas pétalas; a afinidade dessa flor com as estações mais quentes e terras úmidas; seu perfume intenso e marcante e, finalmente, pelo seu formato de pétalas arredondas que se fecham formando um núcleo secreto, escuro e molhado.  Coincidentemente, a associação entre o botão de Rosa e o segredo permeou todo o Imaginário medieval. Um costume comum era o de colocar uma Rosa no teto das salas de reunião, indicando que os assuntos deveriam ser mantidos em segredo. Desse hábito, origina-se o costume arquitetônico de sancas e tetos adornados com motivos rosáceos.

Um aspecto interessante dessa associação entre o feminino e a Rosa é que essa flor sempre esteve associada às Deusas do amor e da fertilidade e, em especial, à figura de Vênus/Afrodite, a Deusa protetora das Hetairas. As Hetairas formavam uma interessante classe social na antiga Grécia, elas eram cultas, versadas em política, filosofia e artes, além de serem treinadas para usufruírem da sedução e do sexo livremente. Eram mulheres escolhidas por sua beleza e talentos, que eram cultivados e lapidados constantemente. Entre os conhecimentos dominados pelas Hetairas estava a elaboração de perfumes, cosméticos, óleos, poções amorosas e afrodisíacos – termo derivado de Afrodite –, que eram utilizados em suas atividades como “sacerdotisas” do amor. Acredita-se que esse tipo de sacerdócio feminino ligado à Prostituição Sagrada, ou equivalente, tenha sido recorrente na antigüidade. Podemos encontrar referências à prostituição sagrada que remetem a Suméria, a Índia, ao Egito e a outras civilizações do passado remoto.

Essa forma de prostituição não se adequar ao sentido que hoje damos a palavra. Em verdade, essas Prostitutas Sagradas eram educadas para serem “veículos” mortais da alegria e do êxtase divinos das divindades Femininas e, especialmente, estavam ligadas à iniciação dos homens nos mistérios das Deusas do Amor. O papel da prostituta sagrada era, portanto, servir de veículo para o poder de uma divindade feminina – esse é o equivalente mítico da figura do Rei como veículo de “aporte” para o poder das  divindades solares. Essa ligação das divindades femininas com a sexualidade – e a sua vivência como parcela fundamental da vida -, pode ser encontrado em Deusas como Bast ou Hator no Egito, Inanna na Suméria, Ishtar na Babilônia, Afrodite na Grécia, Vênus em Roma, e Freya na Escandinávia.

A prostituta sagrada também era vista como inspiração para a virilidade masculina. Do ponto de vista psicológico, essa sacerdotisa do amor exerceria o papel de Ânima, ou imagem da alma, que desperta o homem fazendo com que ele descubra sua potência e sua capacidade de amar e ter prazer. Simbolicamente, ao tornar-se a personificação do objeto divino de desejo e uma fonte de prazer, a prostituta sagrada servia como uma espécie de “gerador” de força vital e criadora dos homens. Aqui, vale ressaltar dois aspectos: o primeiro é esse caráter gerador e criador associado à figura feminina que, de certa forma, está na raiz do uso místico da Rosa como símbolo espiritual da vida, da sabedoria e da criação. O segundo diz respeito à figura feminina como Ânima, que está na raiz das figuras de princesas dos contos de fada  e das estórias de aventura e fantasia: da Pequena Sereia à Princesa Léia de Guerra nas Estrelas.

Em “A Bela e a Fera“, por exemplo, a Rosa é elemento de destaque, como também o é em “A Bela Adormecida” e em “Rapunzel” . Nessas estórias as heroínas “resgatam” seus amados da inércia e da imobilidade de um mundo ordenado e triste. Em “A Bela Adormecida” um Príncipe indolente, atraído pelo amor, enfrenta uma terra inóspita e devastada pelo tempo, mergulhada no silêncio e na escuridão, se embrenha na floresta desconhecida, luta contra o dragão e encara a muralha de rosas e espinhos venenosos que protege o leito da princesa a ser despertada. Em “A Bela e a Fera” é o amor da mais bela que traz de volta o príncipe aprisionado no corpo monstruoso da Fera, enclausurada num castelo lúgubre e triste que se enche de luz e melodia ao entrar em contato com a força transformadora da Bela, num jardim florido de Rosas. Em “Rapunzel” os espinhos das roseiras que protegem a torre – na qual a moça está aprisionada – cegam o príncipe quando ele é atirado da janela pela bruxa, forçando a jovem a lutar  contra o aprisionamento e a sair para o mundo em busca do seu amor perdido, restaurando-lhe a visão e o sentido da vida.

As princesas dos contos de fadas não são moças belas e prendadas por um simples capricho de uma cultura machista, como querem muitos detratores da fantasia. Dotadas de encanto anormal, sobrehumano, as princesas dos Contos de Fada são a personificação de uma parte essencial do poder feminino presente nas imagens arquetípicas das deusas do amor. Tais deusas são ligadas à vaidade, ao cuidado do próprio corpo e à exacerbação dos sentidos. Em última instância, elas falam de auto-estima e amor próprio, falam de amar a si mesmo antes de servir de veículo para a alegria e o êxtase do outro. É por essa razão que as prostitutas sagradas se entregavam aos cuidados laboriosos do corpo, à manipulação de cosméticos e fragrâncias, ao exercício da arte e do conhecimento. Ou seja, elas dedicavam grande parte de suas vidas a se tornarem pessoas mais belas e mais sábias. Imagens que até hoje associamos à alma humana: beleza e sabedoria!

Essas diferentes representações do poder arquetípico do feminino – que é o poder da Ânima – encontradas nos contos de fadas, nos falam também do poder simbólico da Rosa. Vimos que historicamente a Rosa está indelevelmente associada à sexualidade, possuindo um significado místico como ponto de contato entre os homens e o divino feminino. Assim, a Rosa foi atravessando os séculos, ocupando no nosso imaginário o lugar de símbolo da feminilidade. Inúmeros são os mitos sobre a Rosa, e o significado do amor associado à essa flor pode ser tanto espiritual quanto carnal, virginal ou sexual. Tanto é que a Rosa, uma flor consagrada a muitas deusas da mitologia pagã, foi também adotada pelo cristianismo como o símbolo de Maria. As rosáceas das catedrais góticas foram dedicadas à Maria como emblema do feminino em oposição à cruz, emblema cristão do masculino. Os rosários originais eram feitos com pétalas de rosa. A palavra “rosário” deriva do latim “rosarium” que significa roseiral.

Ainda, sobre os mitos que envolvem a Rosa e sua ligação com o feminino: no antigo Egito consagrava-se a Rosa a Ísis, deusa associada à maternidade e ao casamento que era retratada com uma coroa dessas flores. Para os romanos as rosas eram uma criação da suave Flora, deusa da primavera e das flores. Quando uma das ninfas da deusa morreu, Flora a transformou em flor e pediu ajuda aos outros deuses. Apolo deu a vida, Bacus o néctar, Pomona o fruto; as abelhas sentiram-se atraídas pela flor, e quando Cupido atirou suas flechas para espantá-las se transformaram em espinhos e, assim, segundo o mito, foi criada a Rosa. Na tradição Hindu a deusa do amor Lakshmi nasceu de uma Rosa. Para os indianos a Rosa é o símbolo da beleza e da pureza, perfeição em todos os sentidos. Mais, conta certa versão da Mitologia Grega que quando a luz desfez o caos e os deuses passaram a governar o mundo, as divindades concederam à Terra suas graças brotadas sob formas vegetais, recobrindo de florestas e jardins os vales e as montanhas e depositando no fundo do mar variada flora. Cada deus e cada deusa escolheu para sua proteção, de acordo com sua preferência, Árvores, Flores, Ervas e Frutos. Afrodite escolheu para si as flores e os frutos mais perfumados e de cores mais vivas, concedeu-lhes perfumes extasiantes e sabores adocicados. As plantas de Afrodite produzem secreção agradável ao paladar, são ricas em óleos vegetais e aromas intensos – porque é do agrado da deusa os prazeres da mesa e o preparo de cosméticos para o embelezamento do corpo.

Durante séculos os povos do Mediterrâneo renderam honras a Afrodite usando suas dádivas vegetais na culinária, na magia e na cosmética. Essa prática ritualística de associar à propriedade dos vegetais os atributos dos deuses desapareceu nos primeiros séculos da Idade média, mas foram os monges medievais que ressuscitaram a Arte do uso da Rosa, por exemplo, na culinária. Posteriormente, as mulheres enclausuradas nos conventos aprimoraram as receitas de doces, geléias, cremes, pétalas confeitadas e licores perfumados pela graça dessa flor. Ao mesmo tempo a Europa medieval sofria a influência dos invasores Árabes na península ibérica, o que ajudou a difundir a utilização da Rosa na culinária e na cosmética. Os Árabes são hábeis na utilização da Rosa, seja como óleo essencial ou aromatizador de doces.

Hildegard von Bigen, a freira alemã que era música e filósofa e viveu no século XII da era medieval, foi também uma grande herbalista. Sua obra inclui inúmeras receitas de uso medicinal das plantas. Para Hildegard a Rosa possuiria a capacidade de equilibrar a energia dispersada e conturbada pela raiva, a irritação e os sentimentos belicosos. Entre as suas receitas encontra-se a de um pó feito de pétalas de rosas que deveria ser utilizado para acalmar e tranqüilizar pessoas coléricas. É válido retomarmos aqui a idéia de que Afrodite foi a única mulher a acalmar a cólera de Ares, o deus da guerra. Coincidência ou não, a fórmula de Hildegard é imbuída de significados arquetípicos. Além disso, vale ressaltar o caráter “iluminador” da Rosa – que vimos anteriormente representado pela Ânima nos Contos de Fada -, capaz de levar os homens a ter contato com o poder feminino adormecido no inconsciente masculino, que desperta e alimenta o desejo e a capacidade de se entregar e comprometer-se com as próprias emoções e as dos outros.


quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Eros e Afrodite




Quero abrir os braços
e quebrar o gelo
que se formou
entre os
humanos espaços

Abrir os braços
e me entregar
todo inocente
aos
Braços Divinais

Abrir os braços
como tenho
nas lembranças
os abraços
de Eros em mim

Abrir os braços
e me dar
aos abraços agora
da Deusa Afrodite
em mim

Aquietar o tempo
e ser abraçado
pelo Eros
em redor de mim
a voar

Aquietar a massa
dos devaneios e
desvarios totais
nos seios Dela
Afrodite diante de mim

Velejar na pele
e nas asas
de Eros Deus
Do Perdido Amor
por aí

Velejar na pele
e nos cabelos
de Afrodite Deusa
Do Perdido Amor
por aqui

Coroar-me
o próprio
Sol Do
Amor Dos Deuses
Do Raio Do Amor

Coroar-me
a própria
Lua Do
Amor Dos Deuses
Do Raio Do Amor

O Raio
Do Amor
Nas Asas
Do
Deus Eros

O Raio
Do Amor
Nos seios
Da
Deusa Afrodite

Resta buscar
O Raio Do Amor
entre os trovões
das faltas
de altas perspectivas

Sou amante caído
do Olimpo
e filho de eras antigas
também mui
caídas

Sou paladino de
versos mais antigos
do que o próprio
Raio Do Amor
que busco amargurado

Sou buscador
daFlecha De Eros
e da beleza dos
Lábios Da Querida
Grande Deusa Afrodite

Buscador
e desesperado poeta
que rima estes versos
com mágoas e muito mais
da sua angústia diária

Buscador
de um dos pratos
do Raio Do Amor
recheado pela
Refeição Mais Saborosa

Buscador
das penas das asas
do Deus Eros
e dos fios de cabelo
da Deusa Afrodite

Insano
insensato
inocente
demente
mas ainda buscador

Inominável Ser
BUSCADOR
DOS
AMOROSOS ABRAÇOS
DOS DEUSES
DO
RAIO DO AMOR

desconheço autor
Templo de Afrodite

Dianismo

                               Dianismo
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O Dianismo é uma vertente do neopaganismo onde a Deusa é cultuada com exclusividade ou predominância. Geralmente pode ser dividido em duas sub-categorias: Dianismo feminista - mais historicamente inserido e inspirado pela segunda e terceira onda do feminismo - particularmente por sua repercussão no campo religioso - com participação reservada às mulheres e culto dedicado exclusivamente à Deusa ou, Dianismo misto - mais historicamente inserido no movimento neopagão - particularmente a Wicca - com a participação de homens e mulheres e a veneração da Deusa e do Deus, com predominância do culto à Deusa em sua ritualística.

Dianismo Feminista

São exemplos de Tradições mais marcadamente feministas, com atuação política nessa área assim como na área do meio-ambiente e do pacifismo, as Tradições Diânicas que surgem do ramo fundado por Zsuzsanna Budapest, no início dos anos 70, centradas nas mulheres e na Terra. Essas Tradições - ou Tradição, como também é chamada - dedicam seus ritos especificamente às mulheres, pois são focadas no compartilhar e na vivência do sagrado feminino pelas mulheres na sociedade contemporânea e nos "mistérios da mulher" ou "mistérios do sangue" (nascer mulher, menarca, gerar, menopausa, morrer mulher, etc). As Tradições diânicas feministas raramente trabalham com o conceito de polaridade, dedicando-se especificamente à veneração da Deusa - encarada como toda a Natureza, completa em si mesma - e de suas várias Faces. Por estas características, muitas vezes não são consideradas Tradições wiccanas, quer por suas próprias praticantes, quer por outros pagãos. Segundo Z. Budapest, não é necessário linhagem ligada a ela ou sacerdotisa iniciada por ela para ser parte desta Tradição. Qualquer mulher que venere o sagrado feminino e adote os princípios da Tradição diânica feminista é diânica femista. De fato, o movimento se expandiu para muito além dos grupos formados por Z.Budapest e a maior parte das diânicas feministas, hoje em dia, não possuem qualquer vínculo formal com a espiritualista e, muitas vezes, escolhem a auto-iniciação como forma de empoderamento.

Ao contrário de crença comumente difundida em alguns meios neopagãos, as diânicas feministas não são separatistas. Seu objetivo não é separar as mulheres dos homens, criar uma "sociedade só de mulheres" ou fomentar uma "guerra entre os gêneros", mas criar um mundo melhor a partir do oferecimento de oportunidades, rituais e ambientes em que as mulheres possam redescobrir sua própria sacralidade e assim interagir de forma mais plena na sociedade em que vivem, superando as dificuldades impostas pelo patriarcado. Não negam a existência do sagrado masculino, tampouco ignoram a necessidade de direitos iguais entre homens e mulheres. Muito pelo contrário, elas defendem uma organização menos hierárquica ou não hierárquica das sociedades, em que diferenças como sexo, cor, idade, orientação sexual, etc, não sejam razão para discriminação ou opressão. De modo geral, organizam-se em covens, grupos ou círculos de mulheres. Tais organizações são mais informais do que aquelas apresentadas na maior parte das Tradições wiccanas e um de seus principais objetivos é serem pontos de encontro em que as mulheres podem compartilhar suas experiências de vida e religiosidade livremente.
Embora os rituais e celebrações das Tradições diânicas feministas sejam reservados especificamente às mulheres, as diânicas feministas podem participar de outras Tradições pagãs, inclusive Tradições que cultuam o sagrado masculino. Muitas delas também desenvolvem práticas ecléticas pessoais ou em grupo para celebrar a a com homens, como filhos, pais, companheiros, irmãos e amigos. A Tradição Diânica conforme fundada por Z. Budapest tem uma Tradição irmã, reservada a homens - a Tradição dos Kouretes.

PAX DEORUM

Lista Santa Sarah Kali
Companhia dos Gatos yahoo lista
Tudo que desejares a mim eu vos desejo em DOBRO!REDOBRADO! E TRIPLICADO! )0(

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Baralho das Feiticeiras

Uma bela deusa, um ancião, um gato negro, uma espada e até uma vassoura. Estes são alguns dos símbolos wicca, antiga tradição celta, que ilustram o chamado baralho das bruxas. Cada carta aqui apresentada traz uma mensagem para o dia-a-dia, para os negócios e mesmo para o amor. Texto: Cacilda Guerra   - As wiccas são bruxas e toda bruxa é má... Não é bem assim. Essa história já anda para lá de caduca. Wicca é uma tradição antiga, composta de elementos mitológicos e práticas espirituais ancestrais, como o druidismo (a religião dos povos celtas), o xamanismo da Sibéria, a magia egípcia e a cabala. Seus praticantes celebram a natureza, enfatizam a tolerância e a amorosidade e seguem este lema: faça o que desejar desde que não prejudique ninguém.
Em seus rituais, essas feiticeiras buscam algo que é inerente a muitos de nós: o autoconhecimento e a evolução pessoal. O tema “bruxas do bem”, aliás, está na moda. Há cursos pipocando por aí para aprender os segredos wicca e até enredos de programas de TV sobre o assunto: a novela Eterna Magia, da TV Globo, tem como protagonistas duas irmãs praticantes de wicca.
Um dos instrumentos de autoconhecimento usados por essa tradição é a leitura de cartas, como as criadas pela inglesa Sally Mornigstar, autora de O Livro e o Baralho Wicca (ed. Pensamento). “As respostas que procuramos estão dentro de nós. Basta que tomemos o caminho certo”, diz. Acredita-se que a escolha das cartas – aparentemente aleatória – segue o princípio da sincronicidade, sendo assim uma representação de nosso inconsciente. Dessa forma, a imagem escolhida traz uma mensagem, que funciona como um lembrete ou uma indicação do caminho.
O método de leitura sugerido aqui é simples: você pode se concentrar em uma pergunta específica e consultar o baralho no começo de cada dia ou pedir orientação antes de uma reunião de negócios, uma viagem, um encontro amoroso. Sorteie então uma carta – para isso, recorte papéis numerados de 1 a 42 – e leia a mensagem. É claro que, no fim, quem escolhe a trilha é você.

aradia1. Arádia - A carta tem a imagem de Arádia, uma fascinante mulher que teria vivido na Itália no século 14 e é considerada aRainha das Bruxas pelos praticantes da wicca. Indica que seres celestiais e circunstâncias da vida estão estimulando sua expressão verdadeira. Reveja suas opiniões e seus preconceitos, acredite no próprio poder e confie que receberá a ajuda necessária para chegar aonde quer. Com essa reforma interior, você fará aflorar o seu potencial para alcançar o sucesso.





morcego2. O Morcego - Dotado de tato e audição aguçados, o morcego simboliza a expansão da consciência, anunciando que você deve entrar em fase de profunda mudança. Talvez surjam desafios e restrições passageiros, que vão mostrar a necessidade de abandonar velhos hábitos e crenças que não têm mais nada a ver com seu momento de vida. Livre dessas amarras, você olhará de outra maneira vários aspectos da vida. Encare esse renascimento como um vôo de liberdade.





calice3. O Cálice - Associado ao elemento água, o cálice representa tanto a fertilidade como o reino dos sentimentos. Trata-se de uma carta de cura: deixe que o fluxo da vida leve para longe o turbilhão emocional causado por preocupações ou eventuais adversidades e se prepare para um período de crescimento. Também convém prestar atenção nos sonhos, eles poderão trazer mensagens importantes. A carta anuncia ainda boas perspectivas para um projeto, um relacionamento ou uma situação que envolva uma criança.





vela4. A Vela - O elemento fogo e a luz interior são os domínios desta carta. Ela pode indicar que algum tempo atrás você teve um excesso de obrigações e que esses sacrifícios, se foram realizados em nome de um bem maior, trarão como recompensa o brilho para sua vida. Outra interpretação possível é que, neste momento, talvez as coisas estejam fora do controle e que você deva administrar melhor suas energias. Procure não exigir demais de si mesma





espiral5. A Espiral - Presente em monumentos de pedra de povos antigos, a espiral é um símbolo universal de energia e movimento. Mostra uma pessoa predisposta a brilhar e convida a uma reflexão sobre o que fazer para tornar sua vida mais gratificante e também alegre. Além disso, a carta avisa: a melhor maneira de atrair novidades no dia-a-dia é criar espaço para elas. Então, você deverá deixar para trás alguma coisa ou situação – a mudança está prestes a acontecer.





sino6. O Sino - Usados nos rituais da wicca para convocar energias, os sinos marcam inícios e anunciam mudanças. Num nível mais essencial, a carta pede que você ouça e aprenda algo importante. Mas ela também pode sinalizar que chegou a hora de celebrar uma conquista – um emprego promissor, o começo de uma nova atividade ou de uma relação, por exemplo. Se você tem um pedido a fazer, certifique-se de que é isso mesmo que deseja ao verbalizá-lo, pois, mais do que nunca, suas palavras estão carregadas de poder.





gaia7. Gaia - Antiga deusa grega da agricultura e da fertilidade, Gaia personifica o que é feminino e pleno de potencial. Ela indica uma fase propícia para desenvolver seus talentos. Qualquer semente agora tende a dar frutos, e você poderá contar com muitas dádivas. Questões ligadas à maternidade estão favorecidas. Quando surge alguma dificuldade no momento em que se tira esta carta, o segredo para lidar bem com a situação, seja ela qual for, é o amor incondicional.





familiar8. O Familiar - Familiar é qualquer criatura que atue como guardião e guia na vida dos adeptos da wicca – em geral, corujas, corvos, gatos e gralhas exercem essa função. Assim, a carta está associada aos amigos, já que eles costumam ser nossos aliados. Procure perceber se vem sendo leal nas amizades e reflita sobre como seu comportamento pode trazer harmonia ou conflitos para sua vida. Não tenha receio de pedir apoio aos amigos mais chegados para resolver um problema.





senhora9. A Senhora - Também chamada de Alta Sacerdotisa, a Senhora representa energias da deusa nas cerimônias sagradas da wicca. A carta sugere transformações importantes no mundo interior e que você, embora não perceba, é mais segura e capaz de promover mudanças do que imagina. Se as coisas não têm corrido exatamente de acordo com seus sonhos, saiba que dispõe de suficiente poder para alterar isso: basta evocar as forças já existentes. O que a Alta Sacerdotisa tem a dizer: tudo que você precisa está a seu alcance.





homemverde10. O Homem Verde - Guardião da natureza, o Homem Verde era uma figura da cultura celta que simbolizava os aspectos masculinos da vida, como o impulso para assumir riscos. Quando tirada por um homem, a carta diz que ele deverá agir como um protetor para os outros. Se tirada por uma mulher, aconselha que ela lute pelo que quer, pois tem chances de sucesso. Para os consulentes em geral, os relacionamentos tendem a ficar mais sólidos.






espelho11. Espelho - O poder de revelar as coisas como elas são é o atributo do espelho, que nas lendas celtas era empunhado pela sedutora Fada Morgana. Ele recomenda cuidado com as aparências. Seja qual for a situação, procure ver exatamente o que está sendo refletido para você, evitando as fantasias. Antes de tomar decisões, pense em prós e contras. É hora também de confiar nas percepções, pois qualquer sensação de inquietação será um aviso para agir com o máximo de lucidez.





galho_prateado12. O Galho Prateado - O Galho Prateado é um ramo de macieira e representa Branwen, a deusa celta do amor. Ele sinaliza que seu coração está pronto para receber a dádiva da harmonia e da felicidade. Se reagir de forma afetuosa aos outros, você se fortalecerá e aumentará as vibrações de amor em sua vida. A carta pode indicar ainda que um casamento, um novo vínculo ou uma celebração estão prestes a acontecer. Ela também alerta que chegou a hora de adotar um estilo de vida mais saudável.





manto13. O Manto - Além de proporcionar proteção energética, o manto mágico age como uma camuflagem, que esconde as intenções de quem o usa. Quando esta carta aparece, é hora de permanecer em silêncio. Assim, evite alardear seus projetos, já que algumas pessoas poderão atrapalhar seus planos. Caso ainda não saiba que rumo tomar, tenha paciência e aguarde. O que você precisa para seguir em frente será mostrado, basta prestar atenção nos sinais e confiar neles.





sumosacerdote14. O Sumo Sacerdote - O Sumo Sacerdote é um ancião sábio que ajuda a Alta Sacerdotisa nos rituais. Ele avisa que você não deve se lançar em projetos que, por enquanto, estão além das suas capacidades. Procure reconhecer as limitações, respeite a sabedoria de outras pessoas e aceite o apoio que virá de um homem maduro ou em posição de autoridade. Lembre: ser humilde não significa abrir mão das suas ambições.






lua15. Lua - Consorte do Senhor Sol, a Lua reflete o brilho desse astro na escuridão, iluminando simbolicamente o que está oculto no inconsciente e joga luz sobre as coisas. A intuição e a fertilidade são atributos desta carta, que avisa a hora de usar o senso de oportunidade para tirar proveito de certas situações. Prepare-se também para explorar talentos nunca imaginados e busque desenvolver a intuição. Se alguma coisa foi escondida de você, deixe que os acontecimentos sigam seu curso e ela logo virá à luz.





neofito16. O Neófito - Aprendiz dos mistérios da wicca, o Neófito representa a busca da compreensão elevada das coisas. Ele mostra que você está numa fase favorável para o crescimento pessoal. Prepare-se para entrar em contato com um novo campo de estudo ou conhecer alguém que atuará como mentor e terá papel importante em sua vida. Se perceber que está cometendo os mesmos erros, peça conselhos aos outros ou volte-se para si.






vassoura17. A Vassoura - Assim como os praticantes da wicca usam uma vassoura de galhos para varrer as energias psíquicas indesejáveis, a carta revela a hora de mandar embora tudo que esteja bloqueando sua vida. Como a energia sexual está ativada, pode surgir a oportunidade de um envolvimento íntimo com alguém. Se está em uma relação duradoura, a fase favorece a busca de mais diversão e prazer no convívio com o par. O momento também o estimulará a gostar mais de si.






pentaculo18. O Pentáculo - O Pentáculo é um símbolo capaz de guiar os adeptos da wicca nos caminhos da sabedoria. Ele representa o elemento terra e é usado em rituais mágicos para concretizar sonhos e desejos no plano terrestre. A carta revela como uma dose de proteção astral fará bem a você. Procure reequilibrar as energias e conferir um caráter sagrado a tudo. Isso tornará a vida mais harmoniosa e vai atrair o que você precisa para progredir. Lembre-se também dos dons que possui e comece a usá-los com mais freqüência.





serpente19. A Serpente - A Serpente está associada ao poder, à sabedoria e à sexualidade. Ela indica o ápice da energia criativa depois de ter passado por uma experiência de amadurecimento. Você agora tem recursos internos para superar qualquer desafio. A carta também propõe uma reflexão sobre as atitudes em relação ao sexo. Tente perceber, por exemplo, se costuma evitar contatos mais íntimos ou, caso anseie por eles, o que tem feito para que isso se torne realidade.





varinha20. A Varinha - A Varinha sinaliza o ponto para o qual a intenção do praticante de magia está focada. Se esta carta entrou em sua vida, é porque você ainda não tem muita certeza de como proceder em uma situação. Assim, procure saber aonde está indo e por que e só então aja. Não se deixe levar pelas intenções dos outros, caso elas não estejam em sintonia com as suas, e mantenha-se firme em seus propósitos. O universo está esperando para reagir de acordo com suas decisões.





estrela21. A Estrela de Seis Pontas - Também conhecida como estrela- de-davi, a estrela de seis pontas é um símbolo usado há milhares de anos pelos adeptos da magia e representa a união das forças masculina e feminina. Ela revela a necessidade de você encontrar meios de harmonizar seus sentimentos. Esteja sozinha ou não, algo novo chamará (ou já está chamando) a sua atenção, fazendo com que as questões ligadas aos relacionamentos ganhem importância. As respostas estão em seu coração.





gato22. O Gato Preto - Companheiro de divindades femininas de vários povos e dos praticantes de magia, o gato está associado aos poderes do psiquismo e da percepção. Ele lembra como o reino das vibrações astrais é tão real quanto o plano físico. Apropriando-se da intuição, você enxergará as coisas com clareza. A carta também recomenda uma atenção redobrada ao lidar com as pessoas a sua volta, evitando interferências indesejáveis. Procure não desperdiçar energia.





atame23. O Athame - Esta adaga é usada para direcionar vibrações mágicas nos rituais da wicca. Ela sugere a hora de você se expressar com desenvoltura, concentrar energias nos objetivos e, se achar que é o caso, decidir um novo rumo. Também será fundamental livrar-se de tudo que possa atrapalhar seu avanço. Lembre-se, porém, de que só se sentirá mais forte se cultivar a autoconfiança. Conte com energias poderosas para guiá-la ao mundo do qual gostaria de fazer parte.





pedra24. A Pedra Furada - Conhecida como pedra da bruxa, esta pedra, com um buraco no meio, costuma ser consagrada a uma divindade protetora e usada para remover obstáculos ao sucesso. Ela indica que você está se tornando mais consciente do seu poder psíquico e também das energias que afetam você e as pessoas queridas. Tente exercitar essa sensibilidade e, se perceber que o ambiente está com uma atmosfera opressiva, peça à deusa para levar embora as energias densas. A carta avisa ainda quando uma bênção está a caminho.






nemesis25. Nêmesis - Deusa da retribuição, Nêmesis rege as forças que entram em ação quando precisamos voltar a trilhar um caminho de sabedoria. Ela mostra que temos de assumir a responsabilidade por nossos pensamentos, palavras e atos negativos e avaliar o efeito deles nos outros. A carta indica que você tem servido de professor para alguém ou que alguém tem desempenhado esse papel para você. Se a vida toma um rumo inesperado, é para a justiça ser feita e a verdade prevalecer





caldeirao26. O Caldeirão - Associado à deusa anciã Cerridwen, o caldeirão simboliza o vaso da criação, o útero da vida. A carta revela que neste momento você tem potencial para criar sua sorte e seu caminho, vencendo medos, sabendo bem o que pretende conquistar e, detalhe importante, sem precisar manipular ninguém para isso. Dê as boas-vindas ao vazio que precede as grandes mudanças e prepare-se para o nascimento de algo novo – a gravidez é uma grande possibilidade.





caverna27. A Caverna - A caverna representa um local em que nos aconchegamos nos braços maternos para encontrar respostas, soluções ou repouso. Ela simboliza a necessidade de um período de recolhimento, indicando que o momento não é propício a nenhum tipo de ação. Encare este período como um estágio tanto de preparação para algo novo, algo em gestação, como de descanso e fortalecimento de energias. Reserve um tempo para mergulhar em seu mundo e, com paciência, buscar tesouros que esperam ser encontrados.





aranha28. Aranha - Simbolicamente associada à teia do destino, a aranha anuncia que os padrões de comportamento formados desde que era criança estão se tornando claros. E o propósito disso é mostrar que você pode criar conscientemente o que quer da vida, pois é capaz de enxergar as coisas de uma perspectiva ampla. Se há situações de preocupação, elas tendem a se resolver logo. Livre de manipulações, vá em frente e teça situações que tenham a ver com seus sonhos.





rainha29. A Rainha de Elfame - A carta retrata a rainha do mundo das fadas, às vezes presente nas lendas celtas como a Senhora do Lago. Ela sugere motivação para inspirar pessoas, dando à vida delas um toque de beleza e encantamento. Além disso, suas ações estarão impregnadas de magia e protegidas pela Rainha de Elfame, que não só lhe servirá de guia pelo mundo subterrâneo das novas possibilidades, como fará com que qualquer obstáculo volte para o lugar.





cordao30. O Cordão - Usado antigamente pelas parteiras quando rezavam pelo recém-nascido, o cordão é um dos elementos presentes nos ritos de iniciação da wicca. Ele indica que você está pronta para conhecer outras realidades. Mas antes, como acontece em qualquer processo de iniciação, terá de passar por alguns testes. Segundo outra interpretação da carta do Cordão, se você, ou alguma pessoa próxima, está “amarrada” por determinadas circunstâncias, será preciso mudar a situação para que as restrições desapareçam





corvo31. O Corvo - Considerado uma ave mágica, o corvo é o guardião dos conhecimentos ocultos que inspiram a alma. Ele avisa: você conseguirá entender uma situação pela qual está passando apenas quando deixar as coisas fluírem, pois só então terá uma visão dos acontecimentos. Confie em suas intuições e seus sonhos, pois neste momento os dons psíquicos tendem a aflorar. A carta também alerta para a necessidade de guardar seus segredos e os de outras pessoas.





feitico32. O Feitiço - Os feitiços ou encantamentos têm um potencial mágico que requer energia, necessidade e concentração para a realização dos desejos. Se você tirou a carta, é sinal de que um período mágico está começando, especialmente se tiver feito um pedido. Por outro lado, ela recomenda atenção à possibilidade de você descobrir que despertou de uma ilusão. Nesse caso, procure encarar a vida como ela é e lembrese de seguir o caminho da sabedoria.





cornifero33. O Deus Cornífero - Senhor da terra e guardião do mundo subterrâneo, o Deus Cornífero é uma divindade fundamental na wicca. Sugere que você precisa buscar a alegria genuína, cultivar o sentimento de ligação profunda com a existência, deixar as emoções fluírem e se livrar das inibições. Se o estresse é freqüente ou se você se sente incapaz de ter controle sobre a vida, procure conviver com pessoas que aprovam sua espontaneidade e a faz feliz de verdade.





cone34. O Cone do Poder - Segundo os praticantes de magia, objetos em forma de cone – como o chapéu de bruxa – ajudam a captar e concentrar a energia para fazer pedidos, realizar curas e obter proteção. Assim, esta car ta diz: você tem energia para executar bem qualquer tarefa e é hora de dar um toque de vibração e entusiasmo a situações desgastadas. Por isso, reserve um tempo para se concentrar nos desejos e na ajuda ao outro





bolacristal35. Bola de Cristal - Adivinhação, clarividência e exploração da psique são os domínios desta carta. Quando ela aparece, você está apta a enxergar o que existe além das aparências e por trás das ilusões. E isso permite tirar proveito de várias possibilidades, já que a visão é clara o suficiente para transformá-las em coisas concretas e construir um futuro consoante com seus desejos. Não tenha medo da sensação de isolamento: pessoas em sintonia com seu jeito de pensar aparecerão.





shekina36. Shekinah– ou a Rainha das Estrelas – é a morada sagrada da alma, e a mensagem que ela traz através desta car ta é: você pode contar sempre com sua luz. Ela dá força para continuar na caminhada e descobrir qual é o propósito da alma, enquanto permanece a postos para ouvir seus pedidos de orientação. A rainha das estrelas ainda recomenda: nos momentos de confusão e dúvidas toque a terra para se reenergizar. Tenha fé porque você não está sozinha e seus sonhos poderão se tornar realidade.





agua37. Água Sagrada - Venerada há milênios por sua capacidade de gerar e viabilizar a vida, a água é símbolo de purificação e limpeza. Ela revela que você tem os recursos necessários para melhorar a situação do momento e em breve receberá uma bênção, provavelmente na forma de notícias positivas. A carta também avisa ser uma boa época para a limpeza energética em si mesma e recarregar as baterias, pois talvez você esteja desvitalizada devido ao excesso de compromissos.





espada38. A Espada - Representação das forças masculinas, a espada simboliza a energia direcionada para um determinado ponto, atravessando tudo a sua frente com o objetivo de atingi-lo. Se você tirou a carta, é sinal de que está precisando conduzir a mente para além das esperanças e dos medos a fim de encontrar a verdade sobre o caminho que deverá trilhar. Preste atenção no que fala para os outros e evite se envolver em fofocas e intrigas. A honestidade será sua melhor aliada.





mago39. O Mago - Dotado de poder, o mago é capaz de influenciar os acontecimentos por meio de feitiços ou de conhecimentos ocultos. Você terá a chance de se mostrar aos outros como uma pessoa carismática. Mas, caso ocupe uma posição de autoridade, observe se está usando sua influência para contribuir com o bem maior e não apenas para satisfazer a sua vaidade ou seus próprios interesses. O que o Mago tem a dizer: as circunstâncias que surgirem neste momento talvez sejam um teste para medir seu grau de sabedoria.





coruja40. A Coruja - Considerada o “pássaro da alma”, a coruja simboliza a sabedoria. Ela avisa: você está prestes a superar uma fase complicada e precisará de um tempo de recolhimento para tomar decisões. Siga seu caminho com cautela e confie na coruja. Ela guiará você rumo a um novo dia e tudo ficará bem. A carta também pode indicar que no momento é melhor ouvir, em vez de falar. Procure demonstrar gratidão pelas dádivas trazidas pelo silêncio e pela observação atenta.





livro41. O Livro das Sombras - Também chamado de Grimoire, este livro é uma espécie de diário em que os praticantes da wicca registram conhecimentos sagrados e receitas de feitiços. Quando a carta vem, as vivências e passagens significativas da vida ganham destaque. Procure se conhecer mais para ficar consciente de suas possibilidades e descobrir novos talentos. Você está passando por mudanças e poderá ter uma experiência que trará sabedoria.






ancia42. A Anciã - Dotada da sabedoria que só se adquire com o tempo, a anciã representa o aspecto da evolução pessoal relacionado ao desprendimento. Ela surge neste momento para motivala a fazer um mergulho em si mesma e cultivar o desapego em relação ao mundo. Desse modo, você ampliará o entendimento das experiências pelas quais está passando e descobrirá um novo sentido para a vida. Para progredir, é preciso deixar o passado e se abrir para as mudanças.